Dermatologista alerta para lesões cancerígenas na pele; saiba os cuidados
As lesões podem sair em qualquer lugar do corpo, não somente aquelas que recebem mais exposição solar.
Domingo, 13 de dezembro de 2020
Mulher de 56 decidiu que passaria por um procedimento para remover algumas manchas de sol que adquiriu na pele ao longo dos anos. Ao buscar o consultório de uma dermatologista, não imaginava que sairia de lá diagnosticada com câncer no rosto e no colo.
O diagnóstico foi feito no começo de dezembro no consultório da médica Vivian Galindo, que atende na rede pública e privada de Cuiabá, e acontece no mês que conscientiza a população para o combate ao câncer de pele, batizado de Dezembro Laranja.
“Paciente chegou com manchas escuras, dizendo que queria clarear, remover. Mas, percebi que tinha ao menos 3 lesões que estavam com aspectos diferentes, então, fiz a análise com o dermatoscópio e mandamos para biópsia, que confirmou o câncer”.
Segundo Vivian, a paciente tem histórico de trabalho com exposição solar e que as feridas que resultaram no câncer eram claras, cor da pele e ela não tinha percebido. Uma estava no rosto e a outra no colo, próxima da clavícula.
“Aproveito para desmistificar que nem sempre as lesões cancerígenas são escuras, como no caso dessa paciente”. Neste caso, ela foi diagnóstica com o câncer mais comum, o carcinoma basocelular.
Ele está ligado diretamente à exposição solar, tal como o carcinoma espinocelular. O outro é o melanoma, que também pode ter ligação com a exposição solar, mas tem grande probabilidade de ser hereditário.
Lesões que podem preocupar
Vivian conta que é importante saber diferenciar as marcas que existem no corpo, tal como pintas e verrugas, por exemplo. “Tem que estar atento ao corpo. Surgiu uma lesão nova? Como ela é? Não é uma pinta? Não é uma cicatriz? Está mudando de tom? Ficando mais escura? Sangrando com facilidade ou com a superfície irregular? São pontos que merecem atenção”.
As lesões podem sair em qualquer lugar do corpo, não somente aquelas que recebem mais exposição solar. Vivian lembra que, existem casos de lesões nas solas dos pés, por baixo das unhas.
“Chego a examinar até entre os dedos, para saber se há alguma lesão que não esteja tão evidente assim, mas que necessite de uma atenção mais detalhada”.
Nesses casos, um médico especialista deve ser procurado para quem uma análise seja feita de caso a caso, para em seguida, receber um diagnóstico. Em casos de confirmação, como a da paciente da Vivian, foi necessário um procedimento cirúrgico para a retirada da lesão. “Removemos com uma margem de segurança, para o câncer não voltar”, disse ela.
A maior preocupação é com o melanoma, que apresenta grande risco de morte. Já nos casos do basocelular e do espinocelular, as chances de morte são raras, mas toda atenção deve ser demandada ao tratamento evitando a evolução das lesões e o espalhamento do câncer.
Há ainda cuidados com as lesões ceratoses actínicas, que são ‘feridas’ na pele que tem o potencial de se transformar em câncer de pele. Muitas vezes, são removidas com a ajuda de cremes e de procedimentos.
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