CÂNCER DE PRÓSTATA - Recebi o diagnóstico positivo, e agora?
DIGORESTE NEWS - SAÚDE
Quarta-feira, 01 de dezembro de 2021
As mobilizações do Novembro Azul estão aí para nos lembrar da importância de realizar periodicamente os exames preventivos. O câncer de próstata é o tipo da doença mais comum entre a população masculina, registrando 65.840 novos casos ao ano, ou 29% dos diagnósticos da doença no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Mas qual a melhor maneira de lidar com um resultado positivo? Quais são as reações esperadas, o impacto psicológico e as etapas que normalmente os pacientes percorrem? Buscar o apoio da psicoterapia, o acolhimento da família e informações confiáveis são medidas que podem proporcionar mais tranquilidade, segurança e equilíbrio emocional.
“Em geral, a primeira reação das pessoas é a não aceitação do diagnóstico e o questionamento do laudo, associados a uma série de dúvidas e preocupações concretizada em pensamentos como: "ainda sou novo", "tenho muito o que fazer ainda", "preciso ver meus filhos crescerem", "muita gente depende de mim" e até mesmo "o que eu fiz para merecer essa doença”, explica José Anizio Marim, psicólogo e professor do curso de Psicologia e Saúde da Wyden. “A primeira recomendação é buscar a informação correta junto aos médicos, pois muita coisa que circula nas redes sociais são crenças populares, sem base científica”, diz. “A demora em adotar o tratamento correto pode, inclusive, agravar o quadro clínico e causar maior impacto psicológico”.
De acordo com o especialista, quando as pessoas recebem o diagnóstico positivo para uma doença mais grave, que, em alguns casos, pode se tornar fatal, percorrem alguns estágios. “Primeiro, há a negação, uma recusa em confrontar a situação, seguida pela raiva, quando muitos podem ficar até agressivos”, descreve Marim. “Depois, vem a chamada negociação, quando acreditamos que somos culpados por esse resultado e que deveríamos ter feito algo diferente”, acrescenta. “Na sequência, entramos em depressão, quando começamos a lidar verdadeiramente com o que aconteceu, e finalmente chegamos à aceitação, quando conseguimos expressar de forma mais clara sentimentos, frustrações e dificuldades”.
O professor da Wyden aponta que é fundamental a família ter conhecimento dessas etapas, para poder entender e acolher quem passa por essa situação. “Estar junto e ser solidário garante maior segurança e conforto emocional para ajudar a enfrentar o tratamento”, avalia.
“A psicoterapia também é um recurso extremamente válido para auxiliar o paciente em toda essa jornada, mas, infelizmente, ainda falta por parte da sociedade em geral a compreensão do seu benefício, e não apenas aos que são acometidos por doenças mais graves, terminais ou mentais”, acredita José Anizio Marim. “Ainda existe um preconceito muito grande, milhares de pessoas escondem os problemas querendo mostrar que são ‘normais’, ou não querendo demonstrar ‘fraqueza’ ”, ressalta. “São rótulos que não colaboram e ampliam a desinformação”, diz. “O apoio psicológico é importante para ajudar no conhecimento e crescimento pessoal de todos nós”.
Falar sobre câncer de próstata é extremamente importante. A doença tem um índice de mortalidade elevado e uma alta incidência de casos. A doença tem um índice de mortalidade elevado e uma alta incidência de casos. O médico urologista e professor do Instituto de Educação Médica-IDOMED, Edgle Pedro de Sousa Filho avalia que o número de vítimas fatais e novos casos mostra que se trata de um problema de saúde pública. “É importante salientar que câncer de próstata, muitas vezes, é diagnosticado em fase avançada, já com metástase, e o paciente não tem nenhuma queixa, porque, na maioria das vezes, está localizado na zona periférica e isso não interfere na questão urinária, então não é recomendado que se espere algum sintoma, para a prevenção é necessário procurar um urologista”.
Segundo as orientações da Sociedade Brasileira de Urologia, o homem deve começar a realizar os exames preventivos a partir dos 50 anos, porém, quem tem histórico da doença na família, é recomendado fazer os exames a partir dos 45 anos devido à alta prevalência da doença nesse grupo.
Em relação à prevenção, no geral, é recomendável uma qualidade de vida boa, ingestão de alimentos saudáveis e a prática regular de exercício. No entanto, o bom hábito não elimina a necessidade de procurar um médico para que ocorra um diagnóstico precoce, e assim assegurar que o paciente tenha uma chance acima de 90% de sobreviver.
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Sobre o IDOMED – O IDOMED é um grupo que reúne 14 escolas médicas e consolida a tradição de mais de 20 anos de experiência nesse segmento acadêmico. Estamos presentes em todas as regiões do país, com mais de seis mil alunos e foco em excelência no ensino, aprendizado prático, tecnologia aplicada e conexão com a carreira médica. O grupo oferece programas de graduação, pós, especialização, residência médica e cursos de atualização. Está entre os líderes na incorporação de tecnologia educacional voltada à formação em Medicina.
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