Estado de Mato Grosso possui quase 5 milhões de hectares em "manejo sustentável"

Todo o processo de manejo florestal é monitorado por satélites e atende às regras estabelecidas pelo código florestal brasileiro


 Domingo, 14 de novembro de 2021 

As atividades de manejo florestal desenvolvidas em Mato Grosso, seus números e dados do modelo praticado no Brasil e no Estado, foram demonstradas por meio de um vídeo produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e com apoio Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), durante no painel realizado na Conferência do Clima (COP-26), que ocorre em Glasgow, na Escócia. Atualmente, o Estado possui quase cinco milhões de hectares em manejo sustentável.

No filme, apresentado durante programação especial denominada “Dia da Indústria”, o presidente do FNBF, Frank Rogieri, ressalta a dimensão de área protegida existente no estado de Mato Grosso e os trabalhos que estão sendo realizados para que ela seja ampliada, chegando a 6 milhões de hectares nos próximos anos.

“Essa participação na COP26 é muito importante para esclarecer ao mundo a relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo setor de base florestal para garantir a manutenção e equilíbrio das florestas. O nosso setor sobrevive da floresta viva, produtiva, em pé, e isso é possível através do manejo florestal sustentável”, afirma Rogieri.

O manejo florestal sustentável garante a conservação do meio ambiente e da biodiversidade e contribui para o sequestro de carbono, diminuindo os impactos do efeito estufa. Além disso, auxilia na redução das queimadas e do desmatamento ilegal e na geração de emprego para as populações locais. Atualmente, quase 600 mil pessoas trabalham com o manejo no Brasil.

A técnica consiste na retirada de árvores maduras, que estocam grandes volumes de carbono em sua biomassa, evitando que essas árvores morram e se tornem fontes de emissão de carbono.

“Quando a árvore é jovem, ela ajuda no sequestro de carbono. Ela tira gás carbônico da atmosfera e transforma em oxigênio, através do processo de fotossíntese. Quando ela fica velha e morre, faz o processo inverso, liberando gás carbônico na atmosfera. Então, por meio do manejo florestal, garantimos a renovação e proteção da floresta”, explica o presidente do FNBF.

Todo o processo de manejo florestal é monitorado por satélites e atende às regras estabelecidas pelo código florestal brasileiro, como a que permite a retirada de apenas oito árvores maduras em uma área equivalente a um campo de futebol.

Depois que o plano é executado, a área é isolada para que as árvores que foram retiradas deem espaço a uma nova vegetação, garantindo assim a renovação da cobertura vegetal e a manutenção da biodiversidade.

“Temos que combater a extração ilegal de madeira, mas, por outro lado, precisamos fomentar os empresários e pequenos produtores que tiram o sustento de suas famílias da floresta e, além de tudo, prestam um grande serviço para o mundo”, defende Frank Rogieri.


Nenhum comentário