Bolsonaro recoloca o pé de Wellington no inferno

Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, trocaram xingamentos e desmarcaram ato de filiação que aconteceria dia 22


 Domingo, 14 de novembro de 2021 

Em menos de uma semana, o Senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes, tirou o pé do inferno e voltou a recolocá-lo. 

Alguns veículos de comunicação noticiaram que o presidente Jair Bolsonaro, havia tirado o pé do presidente regional do PL do inferno, visto que Wellington esperava o momento certo para definir qual caminho seguir em 2022, com uma série de fatores que tornavam o futuro do senador incerto e complicado, e que a tensão chegava ao parlamentar, que conseguia disfarça-la. Porém, na segunda-feira, 8 de novembro o presidente Jair Bolsonaro empurrou Wellington e ele conseguiu retirar o pé que estava preso no lugar errado. A ajuda aconteceu após o noticiário nacional informar que Bolsonaro alinhavou com o cacique Valdemar Costa Neto sua filiação ao Partido Liberal, chegando a ser marcado a data de 22 de novembro para a realização de um grande ato de filiação.. 

Com Bolsonaro no PL surgia outro cenário em Mato Grosso. Wellington, que até então segurava uma lupa em busca de caminho, agora não teria mais problemas, quer seja para tentar a reeleição numa coligação majoritária com o governador democrata Mauro Mendes, que é apontado como franco favorito ao Palácio Paiaguás, ou até mesmo ser companheiro de chapa de Mauro Mendes, desde que o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) não quisesse repetir a chapa de 2018.

Enfim, Wellington tinha a faca e o queijo na mão (ou pelo menos era o entendimento da imprensa regional), podendo ser, inclusive, o adversário de Mauro Mendes ao governo.

O alívio, no entanto, foi momentâneo, e na manhã deste domingo (14), o pé do senador de Mato Grosso voltou a ser plantado no inferno. Eis que um desentendimento entre Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, com a singela carícia de um "VTNC pra lá e outro VTNC você e seus filhos" pra cá, pois fim ao noivado e cancelou a agenda do cartorário que registraria a união dos "Anjos do Centrão".

Troca intensa de mensagens citada em nota pelo partido ao anunciar a suspensão do evento de filiação do presidente, acabou em xingamentos

A suspensão do evento de filiação parece ter sido motivada por um sério conflito entre o chefe do Executivo e o presidente do PL. Na nota de anúncio da desmarcação, o PL já havia dito que a decisão foi tomada após “intensa troca de mensagens” entre os dois. O conteúdo das mensagens, no entanto, evoluiu de opiniões para xingamentos.

A indecisão do caminho que Wellington deve tomar em 2022, voltou a se estabelecer, enquanto isso, o senador recolhe o pé ao inferno, de onde ficou fora apenas 6 dias.



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