Bolsonaristas veem calados troca de elogios entre o Presidente e Tofffoli

 A chamada Nova Política ficou no discurso de 2018, e o "Fora Toffoli e Fora Gilmar", não mais existe.


Depois de ser elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, retribuiu a graça afirmando hoje (04) não ter presenciado atos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que atentassem contra a democracia e disse que o presidente soube respeitar as decisões do Supremo. 

"Eu devo dizer, de todo o relacionamento que tive com o presidente Jair Bolsonaro e com seus ministros de estado, nunca vi diretamente da parte deles nenhuma atitude contra a democracia", disse Toffoli.

Em 30 de maio do ano passado, Bolsonaro elogiou Dias Toffoli

'É muito bom nós termos aqui a Justiça ao nosso lado'

As palavras de elogios ao presidente do STF foram ditas em discurso durante café da manhã com deputadas e senadoras no Planalto, quando Jair Bolsonaro exaltou a presença de Dias Toffoli.

No pronunciamento, o presidente disse: 

A Justiça está “ao nosso lado” e ao lado do que é certo, razoável e bom para o país. “[Toffoli] não está aqui como reforço a mim não, pode ter certeza, está como reforço a vocês”, disse Bolsonaro à bancada feminina do Congresso.

Na manhã de hoje (04), em uma entrevista coletiva concedida a jornalistas para fazer um balanço de sua gestão na presidência da corte, Dias Toffoli tornava os bravos militantes de Bolsonaro em "gado arrependido", por terem ficados roucos durante a campanha eleitoral, gritanto "Fora Toffoli", agora tendo que se contentarem com um "Dentro Toffoli"

"Meu diálogo com o presidente Jair Bolsonaro sempre foi direto, sempre foi franco, sempre foi respeitoso", afirmou o ministro mui amigo do presidente, que prosseguiu: 

"Tive um diálogo com ele intenso nesse período, exatamente no sentido de manter a independência entre os Poderes e de fazer ele compreender que cabe ao Supremo declarar inconstitucionais determinadas normas, porque essa é nossa função e a dele é respeitar, e ele respeitou ao fim e ao cabo", disse o presidente do STF.

No recente episódio em que imaginava-se que a deputada Bia Kicis perdeu o posto de vice-líder do governo supostamente por ter votado contra o Novo Fundeb, o deputado governista Otoni de Paula tratou de esclarecer no Twitter que não seria esse o motivo, mas sim, porque a deputada era Crítica do STF, e quem estivesse próximo ao presidente, que incomodasse o STF, seria isolado, e que essa Nova Política de "Pacificação entre os poderes" proposta por generais, só resultaria em apequenar o Presidente, (veja print da fala abaixo).

Enquanto isso, Gilmar e Toffoli assinam decisões que salvam Flávio Bolsonaro, filho mais velho do Presidente, acusado de comandar um gigante crime de corrupção na Assembléia Legislativa do RJ, chamado Rachadinha, aliás, crime que também mergulhara o próprio  Jair Bolsonaro de ponta cabeça, por ter praticado o mesmo crime durante anos, envolvendo até a primeira dama, Michelle Bolsonaro, bem como outros dois filhos do presidente, (deputado Eduardo Bolsonaro e Vereador Carlos Bolsonaro)  

Na troca de favores e elogios, Bolsonaro assiste calado seu PGR escolhido a dedo, junto com o STF, promoverem o desmonte da Força Tarefa Lava jato, e o gado, que antes era alvoraçado, e berrava sem parar: "Fora Toffoli, Fora Gilmar, Fora STF", contentar-se em entoar  apenas o grito de guerra: "MINTO, MINTO, MINTO"


Ah, como o gado sofre


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