Deputado de Mato Grosso pede a Lula exoneração do ministro Ricardo Lewandowski

O parlamentar apresentou uma indicação ao presidente Lula argumentando que o ex-integrante do STF “não possui experiência” em segurança.


 Terça-feira, 04 de novembro de 2025 

O deputado Coronel Assis (PL-MT) apresentou uma indicação ao presidente Lula sugerindo a exoneração do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

No documento, protocolado nesta terça-feira (4), o parlamentar de Mato Grosso em Brasília, argumenta que o titular da pasta “não possui experiência prática ou técnica em segurança pública” e que o país necessita de um gestor “efetivamente qualificado e experiente” na área.

“O atual titular da pasta, embora jurista de notório saber e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, não possui qualquer histórico de atuação prática ou técnica em segurança pública, tampouco experiência administrativa em políticas de combate ao crime, gestão de forças policiais ou integração operacional entre os entes federados”, argumentou o parlamentar

Assis afirma que o Brasil atravessa um momento “crítico” na segurança pública, marcado pelo fortalecimento de facções criminosas e pelo aumento da violência nas fronteiras, nas cidades e nas zonas rurais. Segundo o deputado, a condução de Lewandowski tem sido “burocrática” e voltada a “ações político-partidárias”, em detrimento de medidas estruturais para enfrentar o crime organizado.

“O Brasil precisa de gestão operacional, não de retórica jurídica”, escreveu o parlamentar. Ele defendeu que o Ministério da Justiça seja comandado por alguém com “vivência prática” e capacidade para coordenar estratégias integradas de segurança, resgatar a confiança das forças policiais e conduzir políticas eficazes contra a criminalidade.

Lewandowski na mira da oposição

Os deputados federais Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentaram requerimentos na Câmara dos Deputados pedindo a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para prestar esclarecimentos sobre divergências entre suas declarações e as do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a respeito da megaoperação realizada por forças estaduais do Rio de Janeiro contra integrantes do Comando Vermelho na terça-feira da semana passada.

Em seu pedido, de Melo cita “contradições públicas” entre as versões apresentadas pelo ministro e pelo chefe da PF quanto ao conhecimento prévio e à eventual participação da corporação federal na ação, batizada de Operação Contenção. Para Nogueira, entretanto, tanto o ministro quanto o diretor-geral da Polícia Federal admitiram publicamente que a PF foi comunicada antecipadamente sobre a operação.


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