Após negar Forças Armadas no combate ao tráfico no RJ, Lula autoriza 7 mil militares para evento com sua presença no Pará
Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, nesta segunda-feira, decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para os municípios de Belém, Altamira e Tucuruí, no Pará, entre os dias 2 e 23 de novembro, a pedido do governador do Estado, Helder Barbalho (MDB).
O plano de ação da GLO integra forças federais, estaduais e municipais e conta com cerca de 20 mil agentes, dos quais cerca de 7 mil militares das Forças Armadas, 2.500 das polícias Federal e Rodoviária Federal e 10 mil agentes de segurança estaduais ou municipais.
De acordo com o Governo do Pará, "o trabalho será acompanhado em tempo real pelo Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (CESIR) e pela Central de Escolta, instalados na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública para alinhar informações e monitorar as operações de segurança e mobilidade".
Barbalho solicitou a decretação de GLO em razão da realização da Conferência das Nações Unidas Sobre o Clima (COP30) e a Reunião da Cúpula de Líderes, ambas em Belém, onde contará com a presença de Lula, entre outras lideranças internacionais.
O texto do decreto foi publicado nesta segunda no Diário Oficial da União.
A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula, criticou a decisão presidencial de decretar uma operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém, durante a realização da COP 30, enquanto que teria negado três pedidos de ajuda feitos pelo governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) para combater o Comando Vermelho.
Em um comunicado emitido à tarde, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, acusou Lula de agir com “incoerência e desprezo pela vida e pela segurança do povo brasileiro”, ao priorizar um evento internacional enquanto o Rio de Janeiro enfrenta uma escalada de violência sem apoio federal.
“Quando o tema é a segurança cotidiana dos brasileiros, especialmente dos que vivem reféns do crime organizado, o mesmo governo se omite, lava as mãos e faz política com o sangue da população”, disparou.

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