DADOS DO IBGE - Renda mensal do mato-grossense atinge o menor valor em dez anos
Dados do CadÚnico apontam que há mais de 151 mil famílias vivendo na extrema pobreza no Estado
Sábado, 11 de junho de 2022
Em Mato Grosso, o rendimento médio mensal, segundo todas as fontes de renda da população, teve uma queda 6,7%, em 2021.
Passou de R$ 2.411, em 2020, para R$ 2.249, no ano passado, valor mais baixo que em 2012.
Naquele ano, a quantia estimada era de R$ 2.385, já descontada a inflação do período.
É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Rendimento, divulgada sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A redução verificada em nível estadual acompanhou os índices nacionais.
No país, o rendimento médio, no tipo todas as fontes, saiu de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, no ano passado; o valor referente a outras fontes ficou em R$ 1.348; aposentadoria e pensão em R$ 1.959 e, outros rendimentos, em R$ 512,00.
Segundo o IBGE, tais quedas podem ser explicadas pela inflação.
“Esse resultado é explicado pela queda do rendimento médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se recuperar e também pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do aluguel”, explicou Alessandra Scalioni, analista da pesquisa, apontando a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial ocorridas no ano passado como uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes.
A pesquisa mostra ainda que a desigualdade cresceu para o conjunto dos brasileiros e ficou praticamente estável para a população ocupada.
No Estado, o Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita teve uma pequena queda de 0,462 para 0,461, enquanto o Gini do rendimento de todos os trabalhos variou de 0,432 para 0,433.
Quanto maior o Gini, maior a desigualdade.
INSEGURANÇA ALIMENTAR - Dados do Cadastro Único das Políticas Sociais do Ministério da Cidadania (CadÚnico) apontam que há mais de 151 mil famílias vivendo na extrema pobreza em Mato Grosso.
Para combater a insegurança alimentar da população mato-grossense, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) garante que realiza ações que já beneficiaram milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Em uma iniciativa direta para as famílias carentes, o Governo entregou mais de 1,3 milhão de cestas básicas, contribuindo para que muitas pessoas tivessem alimento à mesa.
Também beneficiou 100 mil famílias com transferência de renda. Pelo cartão “Ser Família Emergencial”, os beneficiários recebem R$ 200, a cada dois meses, exclusivamente para a compra de alimentos.
As pessoas contempladas estão incluídas no CadÚnico e recebem até R$ 79 per capita por mês.
“Em um país, em que mais da metade da população convive com a insegurança alimentar, o Governo tem procurado fazer a sua parte e ajudar os que mais precisam”, afirmou à imprensa a titular da Setasc, Rosamaria Carvalho.
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