Assim como em todo o país, gasolina registra novo recorde no MT, com litro a quase R$ 8,00


 Quinta-feira, 28 de abril  de 2022 

O preço ao consumidor da gasolina comum subiu pela segunda semana seguida e atingiu o valor médio, no País, de R$ 7,270 o litro, o mais alto já registrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em Mato Grosso, a alta já mostra valor de bomba próximo de R$ 8 em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte da Capital

Ainda conforme dados da ANP, a semana começou com preços médios de R$ 7,05 no Estado, mas com máxima de R$ 7,920. Ambos os registros são recordes para Mato Grosso, dentro da série da Agência.

Em relação ao País, a ANP destaca que o recorde anterior havia sido verificado na semana de 13 a 19 de março, quando o combustível estava sendo vendido a R$ 7,267, a primeira vez acima de R$ 7.

Considerando os preços registrados ao longo do mês de março, há incremento de 23,88%, na comparação anual entre as médias da gasolina em Mato Grosso. Em março de 2021, recorde até então, a ANP registrou R$ 5,484. Em março de 2022 a média majorou e rompeu novo teto no Estado: R$ 6,794.


REGISTRO DA ANP PELO PAÍS 

Dados do Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da ANP indicam que, na semana entre 17 e 23 de abril, a média por região foi menor no Sul, com R$ 7,109, e maior no Centro-Oeste, com R$ 7,440. O maior valor encontrado para a gasolina foi R$ 8,559 e o menor, R$ 6,190. A pesquisa envolveu 5.235 postos de abastecimento.

Na semana anterior, o preço médio do litro da gasolina no país estava em R$ 7,219 e, na semana de 3 a 9 de abril, em R$ 7,192. O aumento verificado da segunda para a terceira semana de abril foi de 0,7%. Na semana anterior, o crescimento havia sido de 0,37%

A escalada do preço da gasolina se acentuou no ano passado. A primeira vez que o litro da gasolina comum passou de R$ 5 foi em março do ano passado, quando os postos do país cobraram, em média R$ 5,484 pelo litro do combustível. Em setembro do ano passado, o valor atingiu R$ 6,078

A política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras foi adotada em outubro de 2016, fazendo com que o preço dos derivados de petróleo no país fossem calculados com base nas variações no mercado internacional. O valor passou, então, a ser fortemente influenciado pelas mudanças no preço do dólar e do barril de petróleo e sujeito a reajustes mais frequentes, que chegaram a ser diários.


IPCA DO IBGE  

A prévia da inflação de abril acelerou para 1,73%, 0,78 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,95%). Essa é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%). Também é a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% e, em 12 meses, de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.

Em abril, IPCA-15 tem alta em todas as áreas pesquisadas

Esse resultado foi influenciado pelos transportes (3,43%), principalmente, pelo aumento no preço da gasolina, que teve alta de 7,51% e contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,48 p.p.), reflexo do reajuste no preço médio do combustível nas refinarias. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%)

As passagens aéreas, que haviam recuado em março (-7,55%), subiram 9,43% em abril. Os preços do seguro voluntário de veículo (3,03%) aceleraram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando 23,46% de variação nos últimos 12 meses. Houve altas ainda nos preços dos táxis (4,36%), nas passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).

Os preços de alimentos e bebidas avançaram 2,25%, puxados pela alta dos itens consumidos no domicílio (3,00%), principalmente, o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16 p.p. no resultado do IPCA-15. Outros produtos também tiveram altas expressivas: a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,28%) desacelerou em relação a março (0,52%). Enquanto a refeição passou de 0,25% em março para 0,45% em abril, o lanche seguiu movimento inverso, passando de 0,92% para 0,07%.

A alta do gás de botijão (8,09%) teve o maior impacto (0,11 p.p.) em habitação (1,73%). Também subiram os preços do gás encanado (3,31%). A segunda maior contribuição no grupo (0,09 p.p.) foi da energia elétrica (1,92%), com os reajustes de mais de 15% nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (11,25%).

Todos os itens do vestuário (1,97%) tiveram alta em abril, inclusive as joias e bijuterias (0,61%), cujos preços haviam caído em março (-0,53%). A maior contribuição, porém, veio das roupas femininas, com alta de 2,70%.

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,47%) desacelerou em relação a março (1,30%) por conta dos itens de higiene pessoal (-0,87%), que haviam subido 3,98%. Já os produtos farmacêuticos tiveram alta de 3,37%, depois da autorização do reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, a partir de 1º de abril.

Com exceção de comunicação (-0,05%), todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de educação e o 0,94% de artigos de residência.

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