Tendência é de aumento no consumo em Cuiabá, segundo pesquisa.

É possível observar, na pesquisa, uma evolução do poder de compra no curto prazo.


 Quinta-feira, 3 de março de 2022 

A pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá, do mês de fevereiro, apresentou alta de 0,7% sobre o mês anterior e atingiu 73,5 pontos. O resultado no mês também foi superior no comparativo com fevereiro de 2021, 0,9%, quando somou 72,8 pontos, segundo o levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio no Estado (IPF/MT).

O presidente da Federação, José Wenceslau de Souza Júnior, disse ser um momento positivo para os consumidores com relação à renda. “É possível observar, na pesquisa, uma evolução do poder de compra no curto prazo. O crescimento do índice de Consumo Atual dá sinais de um ambiente para compras mais estabilizado”.

A melhora no indicador foi puxada pelas famílias da Capital que recebem acima de 10 salários mínimos, com alta de 4,8% no mês, atingindo 102,1 pontos, enquanto as famílias que recebem abaixo disso permaneceram praticamente estáveis, com elevação de apenas 0,1% no período, registrando 70,4 pontos.

Para o diretor de Pesquisas do IPF/MT, Maurício Munhoz, o ambiente econômico do Estado vive um cenário positivo. “Apesar de os indicadores macroeconômicos serem preocupantes, com a inflação e os juros altos, a reação do consumidor cuiabano é animadora, pois continua em crescimento. Mato Grosso, puxado pelo agronegócio, está em um ambiente econômico otimista e os números traduzem isso”, explicou Munhoz.

Os componentes que contribuíram para elevação mensal da pesquisa são referentes ao nível de consumo atual, que apresentou crescimento de 2,6%, à renda atual, com alta de 2,3 % e à aquisição de bens duráveis, de 2,2%.

No entanto, o componente que avalia a situação do emprego atual apresentou retração mensal de 0,6% e atingiu 114,7 pontos, contra 115,4 pontos do mês anterior. Ainda assim, o resultado atual está 2,7% superior ao registrado em fevereiro de 2021. Dos 500 entrevistados na pesquisa, 13% deles disseram estar desempregados, contra 13,9% verificado em fevereiro de 2021.

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