Durante pandemia, Cartórios de cidade de MT registraram 353 crianças sem nome do pai

Foram  141 no primeiro ano de pandemia, e 212 no segundo ano, registrados apenas com o nome da mãe.


 Domingo, 27 de março de 2022 

Dados inéditos levantados pelos Cartórios de Registro Civil de Rondonópolis apontam que, nos quase dois anos completos de pandemia, mais de 350 crianças em Rondonópolis foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento. O número, que representa 5% dos recém-nascidos rondonopolitanos, ganha ainda mais relevância quando os dois últimos anos apontaram crescimento de nascimentos na cidade. Além disso, os reconhecimentos de paternidade permanecem zerados desde 2019, último ano antes da chegada da Covid-19.

Os dados constam nos dois novos módulos – “Pais Ausentes” e “Reconhecimento de Paternidade” – que acabam de ser lançados no Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos do país.

Em números absolutos, 353 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados com apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 141 no primeiro ano de pandemia, e 212 no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houve crescimento nos números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 3.361 registros em 2020 e 3.652 em 2021.

Outro dado dos Cartórios de Registro Civil rondonopolitanos atenta para o fato de que não houve nenhum reconhecimento de paternidade em Rondonópolis entre 2019 e 2021. Enquanto isso, Mato Grosso registrou queda nos reconhecimentos de paternidade em meio a crise sanitária, passando de 54 atos realizados em 2019, para 43 em 2020 – decréscimo de 20,7% – e 40 em 2021 – queda de 25,9% em relação ao ano anterior à pandemia.



DigoresteNews/ATribuna

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