'400 mercenários russos chegam à Kiev para matar Zelensky', diz jornal.

O assassinato do presidente Ucraniano seria uma forma de abrir caminho para que Moscou possa assumir o controle do país europeu


 Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022 

Mais de 400 mercenários russos teriam chegado à Ucrânia e estariam na capital, Kiev, com o intuito de assassinar o presidente ucraniano Volodimir Zelensky. O assassinato do mandatário teria sido encomendado diretamente pelo Kremlin, como forma de abrir o caminho para que Moscou possa assumir o controle do país europeu, segundo informou o jornal The Times. De acordo com o jornal, os mercenários foram enviados à Kiev por intermédio do "Grupo Wagner", uma organização paramilitar russa, que atua como uma empresa militar de caráter privado, dirigida pelo oligarca Yevgeny Prigozhin "um dos aliados mais próximos" do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Conforme o The Times, o Grupo Wagner opera "como um braço" da Rússia e trouxe os assassinos da África há cerca de cinco semanas com a missão de matar Zelensky em troca de recompensa financeira.

Além do chefe de Estado, outros alvos seriam o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, e seu irmão, Wladimir Klitschko. O governo ucraniano recebeu informações sobre o grupo paramilitar no último sábado (26) e ordenou que seja feita uma busca minuciosa por Kiev a fim de encontrar os "sabotadores russos". Na semana passada, o governo dos Estados Unidos já havia alertado para a possibilidade de Zelensky ser capturado ou morto pelas forças russas, e disse que está preparado para ajudar o mandatário ucraniano. No entanto, Volodimir Zelensky disse que não sairá da Ucrânia e avisou aos EUA que "precisa de armas", não de um plano de "fuga".

"Estamos todos aqui, nossos militares estão aqui, os cidadãos, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo nossa independência, nosso Estado", afirmou em vídeo. As autoridades americanas já conversaram com Zelensky sobre questões de segurança, incluindo os lugares mais seguros para o presidente se situar e garantir a continuidade do governo ucraniano, disse um alto funcionário dos EUA.

Vladimir Putin ordenou suas tropas a invadirem a Ucrânia na última quinta-feira (24) e, desde então, tenta se apoderar de Kiev, mas a capital do país europeu tem resistido aos ataques. No entanto, a Rússia tem obtido algumas vitórias em outras frentes, a exemplo de Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana. Além disso, Moscou causou preocupação mundial ao colocar em prontidão sua força militar de dissuasão, que inclui os armamentos nucleares — com aproximadamente seis mil ogivas, a Rússia possui o maior arsenal atômico do mundo.

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