Nível de confiança do empresário Cuiabano é reduzido com Inflação e juros altos

Com relação à economia atual, os indicadores da pesquisa refletem o risco de alta da inflação no país e dos juros mais altos. 


 Quinta-feira, 28 de outubro de 2021 

A pesquisa que monitora o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), em Cuiabá, ficou em 135,7 pontos no mês de outubro, contra 138,2 pontos no mês anterior (-1,8%), interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT), diferentemente da média nacional, que registrou o segundo mês consecutivo de queda, a capital mato-grossense cresceu ainda em setembro, contrariando o restante do País.

O resultado atual da pesquisa também mostra que o índice está 13,1% maior no comparativo com outubro de 2020, quando somava 120,1 pontos. Além disso, a pesquisa revela que os empresários do comércio estão otimistas (com pontuação acima de 100) deste setembro de 2020, quando se recuperaram dos piores momentos enfrentados devido à Covid-19.

De lá para cá, o diretor de Pesquisas do IPF/MT, Maurício Munhoz, explica que “alguns indicadores que formam o Icec, como o que mede o ‘Nível de Investimento das Empresas’ continuam melhorando, indicando que, na prática, a economia está crescendo”. Na variação mensal, este componente aumentou 3,4% e já soma 117,7 pontos. Se comparado com o mesmo período do ano passado, o aumento observado é de 25,4%.

Já com relação à economia atual, os indicadores da pesquisa, segundo o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, refletem o risco de alta da inflação no país e, consequentemente, dos juros mais altos. “O componente ‘Condições Atuais da Economia’ sofreu uma grande queda em outubro, ou seja, o fantasma da inflação e dos juros altos criou a expectativa negativa e isso reflete no nível de confiança do empresário”, afirmou Wenceslau Júnior.

A queda do componente foi de 12% na variação mensal, chegando a 98,5 pontos, ficando na zona de insatisfação por parte dos empresários, o que evidencia as queixas das condições macroeconômicas desfavoráveis para os empresários. Ainda assim, houve melhora no comparativo anual, saindo de 69 pontos para os atuais 98,5 pontos, alta de 42,7%.

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