Policial foi espancado após usar o banheiro e não fechar a porta, conforme confissão dos assassinos

Ao se entregaram na noite de quarta-feira (4), os dois confessaram o assassinato. Um dos criminosos já foi preso duas vezes


 Quinta'feira, 05 de agosto de 2021 

Os dois homens que espancaram até a morte o soldado da Polícia Militar Roberto Rodrigues de Souza, de 31 anos, no dia 26 de julho em Várzea Grande, confessaram a autoria do crime. Segundo eles, a confusão começou porque o PM não queria fechar a porta do banheiro enquanto fazia suas necessidades.

Na tarde desta quinta-feira (5), os delegados Olímpio da Cunha Fernandes Junior e Fausto Freitas - responsáveis pela investigação - deram detalhes sobre o caso. 

Os suspeitos Wesdra Victor Galvão, de 29 anos, e Alan Patrick Schuller, de 27, se entregaram na noite de quarta-feira (4) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. 

A discussão, que culminaria na morte do policial militar, teria começado dentro do banheiro. A dupla alegou que a vítima não quis fechar a porta enquanto usava o sanitário. 

Um deles, que estava acompanhado da namorada, teria se irritado com a atitude pela possibilidade da acompanhante presenciar alguma cena indesejada. 

De acordo com o delegado, o inquérito está em fase de finalização, com poucos pontos a serem encaixados. 

Os dois homens responderão por homicídio qualificado, uma vez que a vítima foi agredida sem possibilidade de defesa - como mostram as imagens. A dupla pode ser condenada a entre 12 e 30 anos de prisão. 

Eles foram interrogados e passaram por audiência de custódia, mas possivelmente, segundo o delegado, vão responder ao crime na Penitenciária Central do Estado. 

Os dois alegaram que não tiveram a intenção matar o policial e que também não sabiam a sua identidade. 

Após cometerem o crime, eles teriam ido para casa e somente no dia seguinte, após ver a repercussão do caso, fugiram, temendo represálias. 

Segundo o delegado, no entanto, as imagens falam por si. “A Polícia Civil se baseia nos fatos. Pelo que nós notamos, houve sim uma iniciativa de tentativa de agressão que foi revidada com excesso”, disse o delegado Olímpio. 

As mulheres que estavam com os agressores não foram indiciadas, e até o momento são tidas como testemunhas, uma vez que as imagens provam que elas tentaram separar a briga.

Um dos criminosos, Alan Schuller, de 27, já foi preso por um roubo com reféns em dezembro de 2013, e com celulares e uma arma de fogo no ano de 2019, em Várzea Grande

Depois de render cinco pessoas, os criminosos foram cercados pela Polícia Militar e levaram uma jovem de 19 anos e o amigo dela de 18, na fuga de carro.

Em 2013, Alan tinha 19 anos e junto com outro bandido, assaltou uma residência e levou dois reféns em um carro roubado.

Já em 2019, Alan foi preso com 14 aparelhos celulares, carregadores e acessórios que deveriam ser entregues na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Ele foi flagrado quando tentava vender um revólver calibre 38 no bairro Jardim Paula I, em Várzea Grande.


Relembre o caso 

O crime aconteceu em 26 de julho deste ano, após Roberto se desentender com outros dois homens em uma distribuidora de bebidas de Várzea Grande. 

O caso chocou pela brutalidade das agressões - registradas pelas câmeras de segurança do estabelecimento. 

Houve uma discussão no banheiro, momento em que Roberto tentou acertar um soco em um dos homens, mas errou o golpe. Em seguida, a vítima foi agredida e derrubada no chão. 

As imagens seguintes são extremamente fortes e flagraram a dupla espancando Roberto com socos, chutes e até com uma cadeira. A maioria dos golpes acertou a cabeça.

Após cometerem o crime, a dupla - que estava acompanhada de duas mulheres - fugiu.

No dia seguinte, cinco homens foram presos durante a madrugada em Nossa Senhora do Livramento, pela acusação de auxiliar na fuga dos dois agressores que espancaram até a morte o policial.



 Digoreste News, com OD

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