Diesel sobe 15,2% e álcool chega a custar R$ 4,29 em Cuiabá

 Com alta do combustível, álcool chega a custar R$ 4,29 na capital Mato-grossense 


 Segunda-feira, 09 de agosto de 2021 

O preço da gasolina comum já ultrapassa a casa dos R$ 6 em alguns postos de combustível da capital mato-grossense. Há pouco mais de um mês, a Petrobrás apresentou o aumento de 6,3% na gasolina e 15,2% no diesel. Em Cuiabá, motoristas reclamam dos impactos da oscilação nos preços e defendem que o Governo Federal deveria rever a política de preços da empresa, que atualmente é pautada pela oscilação do preço do dólar. 

“Isso impacta fortemente no nosso dia-a-dia, no nosso ir e vir. Sem contar que a gente tem que ir garimpando [procurando]  o preço mais baixo. Onde tem eu já coloco, não fico esperando pra subir demais porque isso impacta bastante”, conta Carmen Pedrangelo, 62 anos, motoristas que abastece na cidade. 

O preço médio da gasolina e do etanol em Cuiabá é de, respectivamente, R$ 5,87 e R$ 3,93. Isto conforme os dados do Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma pesquisa realizada pela reportagem em três pontos da região metropolitana da cidade, porém, apontam valores maiores. 

Entre os postos visitados, o Etanol, por exemplo, oscilou entre R$ 3,87 e R$ 4,29. A observação feita no preço da gasolina, por sua vez, constatou que esta chegou a custar o preço de R$ 6. O menor valor encontrado foi o de R$ 5,77.  

“Eu acho um absurdo porque Mato Grosso é exportador de álcool. Eu acharia que o governo deveria rever essa política de preços. Frequentemente tenho diminuído o uso do carro, só uso realmente pra trabalhar, [saída de lazer] diminuiu totalmente”, conta Jean Carlos, 47 anos, outro motorista, ao reclamar dos prejuízos causados pelos consecutivos aumentos no combustível. 

A afirmação é complementada por Renan Henrique*, 54 anos, outro condutor que frequentemente abastece o seu carro em um posto localizado na capital. Para ele, uma política de preços pautada no mercado internacional ignora a diferença entre a renda do Brasil com a de outros países, com economia mais estável, ao definir preços iguais com base no dólar. 

“Ela é efetiva se for uma acionista da Petrobras, porque esse valor de preço que a gente paga aqui, vai para a Petrobras distribuir o lucro entre os acionistas. Se você é um acionista grande da Petrobras você deve tá muito feliz, mas o consumidor não porque nós que estamos pagando esse lucro absurdo dos acionistas”, completou. 



Digoreste News, com Agro Olhar

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