Morre de Covid-19 Cantora Gospel que fez campanha pelo tratamento precoce com Cloroquina

Cantora admitiu em postagem na rede social que tomava os medicamentos ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina


 Sábado, 12 de Junho de 2021 

A cantora e compositora gospel Cristiane Ferreira de Souza, de 51 anos, conhecida como Cristiane Ferr, morreu em decorrência da COVID-19, em Juiz de Fora, nesta sexta-feira (11/6). Cristiane emplacou vários sucessos nacionais no meio gospel e coleciona parcerias em mais de 20 anos de carreira.

Ela estava internada com COVID-19 desde o início deste mês. Sua mãe também está infectada pelo novo coronavírus e permanece no hospital em tratamento.

Desde 2019, a cantora também exercia a profissão de fisioterapeuta. Cristiane nasceu no Rio de Janeiro, mas morava em Juiz de Fora, onde começou a cantar aos 13 anos nas igrejas. Entre os vários álbuns gravados, Cristiane Ferr tem sucessos nacionais, como “Restaura Minha Família”, “Deus Fiel”, “Poder de Deus”, "Deus Está Aqui”. Como autora, tem parcerias como  a de Sérgio Marques na música “O Sonho não acabou”, na voz de Gisele Nascimento.  

Ela também foi indicada como “Cantora Revelação”, pelo Troféu Promessas, em 2013. 

Nos últimos anos, Ferr sofria de depressão e fazia tratamento com terapia e medicamentos. 

 

'Tratamento precoce'

Em dezembro do ano passado, em post na rede social durante a pandemia, Cristiane admitiu que tomava os medicamentos ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina como forma de prevenção à COVID-19. O post era de uma campanha que ‘forçava’ as prefeituras a usar e distribuir esses medicamentos. 

Quanto à eficácia deste tipo de tratamento, em depoimento à CPI da COVID nesta semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu não haver evidência científica de que a hidroxicloroquina e a ivermectina funcionem para tratar a COVID-19.

Juiz de Fora acumula 1.693 mortes em decorrência da COVID-19 e 35.303 casos confirmados. A taxa de ocupação de UTI-SUS Covid está em 71,43%.

Quanto à vacinação, Juiz de Fora tem 184.273 pessoas imunizadas com a primeira dose e 83.029 com a segunda dose - o que corresponde a 14,48% da população imunizada com as duas doses da vacina contra a COVID-19.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.


Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.


Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.


Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Nenhum comentário