Assim como fez com Bebiano, em uma hora de live Bolsonaro não mencionou a morte do Major Olímpio

Presidente falou até de remédio de piolho para "tratar" a Covid-19 mas não proferiu uma só palavra sobre seu antigo amigo


  Quinta-feira, 18 de março de 2021  

Em sua live semanal desta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro atacou Lula, voltou a defender “tratamento precoce” contra Covid e citou até mesmo remédio para matar piolho. O mandatário não disse sequer uma palavra, no entanto, sobre a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), vítima da Covid-19.

Olímpio, que teve morte cerebral confirmada no início da tarde, era aliado de Bolsonaro e ajudou a eleger o presidente em 2018. Com discurso belicista, o senador foi colega de Bolsonaro nos tempos de Câmara e participou ativamente de sua campanha à presidência, chegando a ser um dos principais nomes do bolsonarismo no Senado no primeiro ano de mandato do presidente.

O major, no entanto, resolveu romper com o capitão da reserva no início de 2020, como fizeram inúmeros outros parlamentares do PSL, legenda pela qual Bolsonaro se elegeu. À época do rompimento, Olímpio chamou Bolsonaro de “traidor” que brigou com ele “porque não queria que eu assinasse a CPI da Lava Toga do STF para proteger filho bandido”.

“Eu não gosto de ladrão. Para mim, ladrão de esquerda é ladrão. De direita, é ladrão. Se for filho do presidente ladrão roubando junto com o presidente, eu vou dizer”, disse ainda o senador.

No início deste ano, Olímpio chegou a chamar Bolsonaro de “negacionista criminoso” por conta de sua atuação diante da pandemia do coronavírus.

A um ano, em 14 de março de 2020, dia da morte de Bebianno, Bolsonaro falou sobre Foro de SP e comunistas, e mesmo após a fatalidade ganhar bastante repercussão nas redes, ele não fez referência ao seu ex-aliado. 

Bebianno foi coordenador de campanha para Jair Bolsonaro, no último processo eleitoral, e também secretário-geral da Presidência.



Nenhum comentário