Sem vacina e sem seringa, Brasil ultrapassa 200 mil mortes em decorrência da covid-19

O governo Bolsonaro sempre atuou para que a doença seguisse seu ritmo natural, sem construir obstáculos , achando que ela acabaria sozinha. 


 Quinta-feira, 07 de janeiro de 2021 

Ao todo, no país, são 200.498 mortos. O Brasil é o segundo no ranking de países com maior número de óbitos pela doença

O Brasil superou, nesta quinta-feira (7/1), a marca de 200.000 mortos pela covid-19, segundo boletim do Ministério da saúde. São ao todo 200.498 óbitos, segundo maior número mundial.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.524 novas mortes provocadas pela covid-19. No mesmo intervalo de tempo também foram confirmados 87.843 novos diagnósticos da doença, o que soma um total de 7.961.803 casos no acumulado.

Segundo dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com maior número total de mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 362.037). Em relação ao total de casos, o Brasil está atrás dos EUA e Índia (com 21.354.027 e 10.395.278, respectivamente).

Para Deisy Ventura, professora de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, a posição do governo federal, que desde o início deixou a pandemia correr solta no País, agora parece ter um contrapeso menor dos governos locais e de parte da população, tornando a situação ainda mais perigosa.

“O governo federal sempre atuou para que a doença seguisse seu ritmo natural, sem construir obstáculos, com a ideia de que quanto mais rapidamente se disseminasse, mais rapidamente passaria, o que é absurdo por todos os aspectos”, argumenta.“Mas havia uma certeza de que os Estados fariam tudo para evitar o colapso do sistema de saúde. Foi o modelo de 2020. Em 2021, me parece que esses freios podem não funcionar.”


Estados

Entre os estados com maior número de mortos em decorrência da covid-19, São Paulo (47.511) lidera o ranking, seguido de Rio de Janeiro (26.068), Minas Gerais (12.211), Ceará (10.056) e Pernambuco (9.731). Os estados com menor número de óbitos são Roraima (789), Acre (814), Amapá (950), Tocantins (1.252) e Rondônia (1.875).

São Paulo contabiliza, também, a maior quantidade de casos da doença, são 1.501.085 diagnósticos. O estado é seguido por Minas Gerais (566.207), Santa Catarina (506.897) e Bahia (502.938). Os menores números de casos são no Acre (42.378), Roraima (69.180) e Amapá (69.469).


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