Abandono da PGR faz último dos 5 procuradores da Greenfield deixar força-tarefa

Mais uma baixa: 


Depois da saída de Deltan Dallagnol e do pedido de demissão coletiva em São Paulo, agora será a vez da Greenfield ter uma baixa. Anselmo Lopes, à frente da operação desde o começo, em 2016, enviou um memorando à Procuradoria do DF para oficializar sua saída.

Nos bastidores, vinha se queixando da falta de estrutura na força-tarefa. Procurador natural do caso, Lopes era o único hoje exclusivo na operação. Disse a um interlocutor que, se continuasse, estaria vendendo ilusão às vítimas dos rombos nos fundos de pensão: a de que estaria conseguindo dar seguimento às investigações.

No ano passado, eram cinco procuradores exclusivos e sete colaboradores eventuais. Aos poucos, os que foram saindo tiveram vagas “congeladas”, até que, em junho deste ano, a PGR decidiu manter só Lopes. O procurador conta hoje com a ajuda de mais três colegas sem dedicação exclusiva.

Nos bastidores, eles alegam que, na prática, as investigações ficam prejudicadas por falta de pessoal. A Coluna noticiou essas dificuldades em julho.

Lopes deve fazer permuta com Cláudio Drewes, que já é desde o ano passado coordenador da operação e procurador. Passaria a atuar no lugar no ofício criminal (correspondente a “vara” na linguagem de Ministério Público) de Drewes.

A Greenfield investiga desvios em fundos de pensão de estatais. Foram os procuradores de Brasília que fecharam acordo de leniência com a J&F. Há hoje duas investigações sob sua alçada envolvendo o ministro Paulo Guedes.


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