Pequenos pecuaristas de MT desistem de atividades por alto custo de insumos

Na comparação com o ano passado, a atual capacidade estática dos confinamentos em Mato Grosso encolheu 15,6% 


Apesar da previsão de bovinos confinados em Mato Grosso ser 11% maior este ano, o volume de animais terminados no cocho deve ser 22% menor que o registrado em 2019. O resultado é decorrente do alto custo aos pecuaristas, segundo análise de Instituto de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea). 

O aumento no custo dos insumos está fazendo muitos pecuaristas deixarem as atividades.

Segundo o Imea, 12 unidades foram desativadas. Com isso, a atual capacidade estática dos confinamentos em Mato Grosso encolheu 15,6% na comparação com o ano passado, ficando em 784,8 cabeças. É a menor capacidade instalada desde 2010.

“Quando você divide o valor da diária como a gente fala no confinamento, pela mão-de-obra empregada, quer dizer, o mesmo funcionário que trata de 500 bois ele trataria de 1.000. Ou seja, o custo individual dessa mão-de-obra seria muito menor. Por outro lado nós temos também a compra de insumos, sobretudo, esse “DDG” que sai das fábricas de etanol de milho, que só é vendido em grandes quantidades, em contratos pré-estabelecidos de fornecimentos mensais, semestrais ou até anual, isso faz com que os pequenos produtores que não tem esse mesmo poder de barganha acabam ficando com uma diária cada vez maior, consequentemente, diminuindo a probabilidade dele conseguir confinar”, avalia Francisco Manzi, diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso.





Digoreste News com MT Econômico


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