Rússia é o primeiro país a lançar medicamento aprovado para COVID-19

Ainda não existe vacina para o COVID-19 e os ensaios em humanos de vários medicamentos antivirais existentes ainda não demonstraram eficácia.

A Rússia lançou nessa quinta-feira (11) um medicamento aprovado para tratar pacientes que sofrem do novo coronavírus.

A Rússia lançou na quinta-feira um medicamento aprovado para tratar pacientes que sofrem do novo coronavírus, disse seu financiador estatal, já que o número de infecções ultrapassa meio milhão.

As primeiras entregas do novo medicamento antiviral, registradas sob o nome Avifavir, foram feitas em alguns hospitais e clínicas em todo o país, informou o fundo soberano da Rússia sobre RDIF em comunicado à imprensa. 

O RDIF financiou ensaios e tem uma participação de 50% no fabricante do medicamento, ChemRar. O Ministério da Saúde aprovou o uso do medicamento em um processo acelerado especial, enquanto os ensaios clínicos, realizados por um período mais curto e com menos pessoas do que muitos outros países, ainda estavam em andamento.

Atualmente, não existe vacina para o COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e os ensaios em humanos de vários medicamentos antivirais existentes ainda não demonstraram eficácia.

O chefe do RDIF, Kirill Dmitriev, disse na semana passada à Reuters que o plano era que a ChemRar fabricasse o suficiente da droga para tratar cerca de 60.000 pessoas por mês.

Dmitriev disse na quinta-feira que mais de dez países fizeram pedidos de suprimentos de avifavir. Negociações estão em andamento para fornecer o medicamento a quase todas as regiões da Rússia, com sete de suas mais de 80 regiões recebendo as entregas iniciais de quinta-feira, acrescentou Dmitriev.

Com 502.436 casos, a Rússia tem o terceiro maior número de infecções no mundo depois do Brasil e dos Estados Unidos, mas tem um número oficial de mortes relativamente baixo de 6.532 - algo que tem sido o foco do debate.

O departamento de saúde de Moscou elevou na quarta-feira seu número de mortos para o mês de maio, citando mudanças na maneira como determina a causa da morte de pacientes que sofrem de outros problemas de saúde. - WAM

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