Enfermeiros pedem doações de medicamentos por conta de escassez em Cuiabá

Aumento descontrolado da procura pelos medicamentos gerou  excessos nos preços desses produtos tanto no setor público como no privado.


Enfermeira lotada há 18 anos no município de Cuiabá e atualmente na linha de frente do combate à pandemia, Catarina Célia de Araújo Amorim está há cerca de duas semanas realizando uma ação solidária com intuito de arrecadar medicamentos para servidores da saúde municipal que foram infectados pela Covid-19. 

Ação se iniciou após enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de limpeza lotados no antigo pronto socorro municipal de Cuiabá,  atualmente equipado com leitos de referência no enfrentamento da enfermidade-  se infectarem na linha de frente do combate ao vírus. Enfermos, isolados em domicílio e passando por dificuldades financeiras, estão impossibilitados de saírem para comprar os remédios. 

O aumento descontrolado da procura pelos medicamentos consequentemente gerou  excessos nos preços e também à escassez desses produtos tanto no setor público quanto no privado. Deputado federal, Doutor Leonardo reforçou o quadro crítico no setor farmacêutico voltado à Covid-19  ao afirmar que “comprimidos que custavam R$ 0,49 centavos estão custando R$ 4,50, por exemplo".  

Preocupada com o elevado número de pedidos de ajuda que tem recebido de seus colegas de trabalho e com a situação deficiente no trato do coronavírus, na distribuição de fármacos na capital, Catarina se solidarizou e buscou, por conta própria, comprar e distribuir os medicamentos que tem sido utilizados para o tratamento precoce da doença. Ela já entregou algumas porções de ivermectina, azitromicina, vitamina c, zinco e Dipirona.  Além dos remédios, o projeto “Covid-19, eu posso ajudar Cuiabá” está auxiliando esses profissionais com doações de alimentos não perecíveis.

Por conta das incertezas geradas por uma doença que não tem cura, insegurança aos infectados que possivelmente podem ter que aguardar na fila de espera dos hospitais e a urgência para tratar os sintomas causados nos doentes, a servidora entrou em contato com a imprensa pois já não consegue mais suprir, apenas com ajuda do seu filho, as necessidades demandadas. 

A ideia é que o maior número de pessoas se solidarizem com as doações e passem a contribuir coletivamente com a causa até que os pacientes possam ser devidamente tratados. As contribuições podem ser feitas diretamente à Catarina  e seu filho, Alison, com alimentos e remédios ou por meio de valores depositados numa conta bancária específica. 

Vale ressaltar que até o momento, segundo o Ministério da Saúde, não há medicamento específico ou vacina contra o coronavírus. Por se tratar de uma doença nova, estudos ainda estão sendo feitos em todo mundo. Contudo, já existem médicos que defendem a utilização precoce de alguns remédios que combinados, podem impedir o vírus de se replicar em grande quantidade, prevenir infecções e melhorar a resposta do organismo antes que o pulmão seja amplamente afetado. 


Como ajudar:

Catarina Célia de Araújo Amorim: (65) 9617-0034

Alison Yuri Araújo: (65) 9992-1952

Conta Bancária para doações:
ALISON YURI ARAÚJO AMORIM
Banco: Next - 237
Agência: 3929
Conta: 487543-5
CPF: 017.336.061-06

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