BB aporta R$ 2,3 bilhões para MT, sendo R$ 1,1 bilhão para o FCO Rural.

No geral, o Banco liberou R$ 15 bilhões para pré-custeio da safra 2020/21, montante 47% maior que em 2019



O Banco do Brasil (BB) liberou R$ 15 bilhões em recursos de pré-custeio, para a compra antecipada de insumos para a safra 2020/2021. O montante estará disponível para produtores de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20) em um evento em Brasília (DF), com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que a iniciativa possibilita aos clientes adquirirem recursos de forma antecipada, aumentando a rentabilidade do negócio. “Permite também movimentar a economia de forma antecipada”, disse. “O BB é hoje responsável por 55,4% de todo o crédito destinado ao setor”, garantiu.

Segundo Novaes, o montante liberado para este ano é 47% maior do que foi contratado no ano passado. Em 2019, o banco liberou um total de R$ 10 bilhões para a linha. Novaes fez ainda elogios à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e disse que ela é uma “unanimidade”.

Segundo o Banco do Brasil, as operações de pré-custeio poderão ser contratadas com recursos controlados com taxas de juros a partir de 6% ao ano e, alternativamente, com recursos não controlados (LCA), com taxas a partir de 6,1% ao ano.


Como funciona

Os médios produtores terão acesso ao crédito por meio do Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais (Pronamp), com juros a partir de 6% ao ano. O prazo para pagamento varia de 12 a 14 meses, a depender do tipo de lavoura. O teto para os empréstimos é de R$ 1,5 milhão.

No caso de grandes empresas do agronegócio, a taxa de juros começa em 8% ao ano, com mesmo prazo de pagamento e teto de R$ 3 milhões.

Um terço do total, no entanto, é disponibilizado por meio de recursos livres, isto é, dinheiro sem vinculação proveniente da carteira de crédito do próprio BB. Nesse caso, os prazos de pagamento podem chegar a 24 meses e não há teto. Os outros dois terços têm como origem a poupança rural ou subvenções governamentais, ou seja, dinheiro vinculado especificamente ao crédito rural, razão pela qual possuem condições mais restritas de pagamento.


Mato Grosso

Em Mato Grosso, as linhas de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) já estão disponíveis para os empresários e produtores rurais. Em 2020, foram aportados R$ 2,3 bilhões para o estado, destes R$ 1,1 bilhão para o FCO Rural.

De acordo com o superintendente de Política da Agricultura e Pecuária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Eldo Leite Gatass Orro, as operações abaixo de R$ 500 mil podem ser feitas pelos interessados diretamente no Banco do Brasil. Já as operações acima de R$ 500 mil devem passar pela CPACR da secretaria.

Para operações acima de R$ 500 mil, o produtor rural contrata um projetista cadastrado na instituição financeira e elabora a carta consulta e protocola na agência. Em seguida, é enviada para a superintendência regional do banco, que encaminha para a Sedec para ser analisada na CPACR e homologada pelo Conselho de Desenvolvimento Agrícola Empresarial (CDAE). Todo o trâmite é feito pela instituição financeira.


Como solicitar o crédito

O Banco do Brasil explica que, para solicitar financiamento com recursos do FCO, o interessado deve ser empresário ou produtor rural que desenvolva atividades no em Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás ou Mato Grosso do Sul. Em alguns casos, a concessão de crédito está condicionada à existência de recursos do próprio proponente, correspondentes à sua participação no investimento, e ao cadastro atualizado no Banco do Brasil.






DigoresteNews/DBO


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