Presos casal e 4 vizinhos por estupro de vulnerável no interior de MT

Pedido de prisão temporária dos acusados feitos pelo MT, foram deferidos imediatamente pela Justiça


Seis pessoas, entre elas o pai e a mãe da vítima, envolvidos em um crime de estupro de vulnerável ocorrido no município de Carlinda-MT (761 Km de Cuiabá) tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça, com base em investigações da Polícia Judiciária Civil para elucidar os fatos.
            
As ordens de prisão contra o casal e mais quatro moradores vizinhos foram decretadas e cumpridas em audiência realizada na terça-feira (25.06), no Fórum da Comarca local, com a presença também do Ministério Público e Defensoria Pública.

Os suspeitos eram investigados desde o mês de abril, após a Delegacia de Polícia de Carlinda ser acionada pelo Conselho Tutelar, sobre uma menina, de apenas 6 anos, que revelou na escola que era abusada por pessoas do seu convívio familiar.

Diante dos fatos, a Polícia Civil passou a ouvir os professores da criança, os conselheiros tutelares que atenderam o caso, parentes e outras testemunhas. Ao ser ouvida, a vítima contou com detalhes os abusos sexuais praticados pelo pai e pelos suspeitos que moravam do lado de sua residência. No decorrer das apurações, os suspeitos também foram ouvidos.

Com base nos depoimentos e como medida de proteção a criança em situação de risco, a Polícia Civil requereu ao Poder Judiciário, a oitiva especial (prevista na Lei 13.931/2017, parágrafo 1º – que normatiza e organiza o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência).
      
De acordo com o delegado que acompanhou os depoimentos, Vinícius de Assis Nazário, durante oitiva especial, realizada da terça-feira (25.06), a vítima revelou que seu pai a colocava para assistir vídeos pornográficos. Ao relatar para a mãe o ocorrido, a suspeita passou a ameaçar a filha, dizendo que se ela continuasse falando sobre o assunto, o pai seria preso e consequentemente, ela apanharia  muito.
       
“Os indícios apontam que a mãe da vítima vinha coagindo a filha, tentando convencer a menina a não dizer a verdade em juízo. A criança chegou a revelar que os pais prometeram dar um pastel, caso ela mentisse sobre os fatos”, lamentou o delegado.

Ao final da audiência, o Ministério Público representou pelo pedido de prisão temporária dos acusados, deferidos imediatamente pela Justiça.

Com as prisões de 30 dias cumpridas, a Polícia Civil dará continuidade nas diligências para ouvir novamente os suspeitos e outras testemunhas, para conclusão do inquérito de natureza estupro de vulnerável. O pai da vítima será indiciado também por expor a criança a assistir vídeo pornográfico, bem como pela omissão a mãe responderá por fraude processual.



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