Economia? Estado não contrata profissional e Criança autista fica sem aula

De acordo com o pai, o profissional é necessário para assegurar a integridade física do filho


Diagnosticado com autismo em grau moderado, o estudante Lucas Cardoso, 12 anos, está desde o início do ano sem comparecer às aulas. Isto porque a Escola Estadual Padre Wanir Delfino César, no bairro Novo Terceiro, está sem assistente direta para lidar com crianças com o transtorno.

Criança deveria cursar a 7ª série, de acordo com seu pai, o servidor público Luismar Cardoso, 40. Ele estudou a vida toda em escolas da rede municipal, contudo, ao precisar ser transferido para escola do estado, ficou sem o atendimento. 

"Fizemos a rematrícula dele em novembro. Ele tem um laudo que especifica a questão do grau de autismo dele. Aí passou dezembro, janeiro e quando foi a volta às aulas no dia 4 de fevereiro, nós entramos em contato com a escola e a escola falou que não tinha sido contratada a profissional", explicou. 

De acordo com o pai, o profissional é necessário para assegurar a integridade física do filho. Dependendo do grau do transtorno, crianças autistas apresentam grau de agressividade e não têm noção de perigo. 

"Se ele sair da escola ninguém vai ser capaz de localizar essa criança, porque não tem como controlar. Também é para manter a integridade física dos outros colegas, além dele". 

Em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o pai foi informado que existem 4 profissionais para cuidado com 11 autistas. Ele afirmou, contudo, isso não é suficiente para resguardar a segurança dos menores. 

Reportagem entrou em contato com a Seduc, que não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.


Informações do GD

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