Deputada Federal do PT vira Ré por desviar salários de assessora

Denúncia aponta que R$ 14,9 mil da funcionária teriam sido repassados para contas bancárias da deputada Erika Kokay - PT

A deputada Érika Kokay (PT-DF), durante audiência pública na Câmara.

A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia e tornou ré a Deputada Federal Erika Kokay (PT). Ela é acusada de desviar o salário de uma assessora que trabalhou no gabinete da parlamentar entre 2006 e 2007. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (26).

A deputada afirmou que "vai fazer a própria defesa" e disse ter "absoluta certeza que a justiça será feita". Kokay pontuou ter sido ela mesma quem levou o caso à Polícia Civil do DF, em 2010, e, por isso, "está muito tranquila".

"Não tenho nenhuma dúvida que serei justamente inocentada".


O que diz a denúncia

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentada em dezembro de 2017,  a deputada apropriou-se indevidamente de parte do salário da funcionária.

Ao todo, R$ 14,9 mil teriam sido repassados para contas bancárias de Erika Kokay e do então chefe de gabinete dela, Alair José Martins Vargas. A reportagem tenta contato com a defesa do citado.

Por causa do foro privilegiado da deputada, o caso tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) mas, em maio do ano passado, uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello remeteu o processo à Justiça do DF.

Sobre o caso, Kokay afirma ainda que, à época, sofreu tentativa de extorsão, e que os valores retidos da assessora eram "recolhimento das contribuições partidárias".


Outra investigação

Erika Kokay também é investigada por suposta apropriação de imposto sindical e recursos públicos do Sindicato dos Bancários. O processo foi aberto pela entidade e, segundo a deputada, cita cerca de R$ 48 mil. Kokay presidiu a entidade na década de 1990.

No ano passado, a Justiça do DF acatou um pedido do Ministério Público e decidiu arquivar o caso.

A acusação de desvios partiu de um ex-servidor da deputada.


Informações do G1

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