Em Roda de Conversa em VG, Sachetti garante buscar atrair novas indústrias à Baixada Cuiabana
“Para que os investidores tenham interesse em buscar a instalação em Mato Grosso é essencial que haja segurança jurídica."
A geração de novos empregos em grande escala somente será possível com a atração de expressivo volume de investimentos privados, principalmente indústria de transformação e de base. A proposta foi apresentada pelo candidato ao Senado pela coligação ‘A Força da União’, deputado federal Adilton Sachetti (PRB), durante a Roda de Conversa, na Praça da Cohab Dom Orlando Chaves (Cristo Rei), em Várzea Grande, na noite desta segunda-feira (24), com participação de centenas de pessoas de bairros humildes que margeiam o rio Cuiabá, unindo as duas maiores cidades de Mato Grosso.
O questionamento do líder comunitário Lázaro Nóbra da Luz no local e do estudante Marcos Lopes, via internet, sobre a carência de emprego para os jovens da Cidade Industrial. Sachetti observou que somente uma política agressiva com incentivos fiscais e, depois, uma reforma tributária, são capazes de atrair investidores para Cuiabá e Várzea Grande.
“Para que os investidores tenham interesse em buscar a instalação em Mato Grosso é essencial que haja segurança jurídica. Ninguém vai deixar a região litorânea, perto dos grandes centros consumidores, para vir se instalar em Mato Grosso se não houver vantagens fiscais e segurança jurídica. A empresa se instala”, ponderou Sachetti,
A expectativa das empresas é de que a Lei de Incentivo Fiscal tenha duração de 20 ou 30 anos. “Ninguém vem para cá num ano, com projeção de lucro após 10 ou 15 anos, se existir a possibilidade de mudar as regras, nos anos seguintes. Há necessida de depolítica de Estado e não de política de Governo”, observou o candidato ao Senado pelo PRB.
“Não dá apra a gente ficar esperando, sem criar uma política agressiva de incentivos fiscais. Não dá para cada governo mudar os incentivos. O industrial fica com medo e a insegurança jurídica impede que as indústrias venham para cá. Porque projeta um resultado econômico para ‘X’ para determinados anos e, quando se instala, as regras mudam. Assim não dá! Ninguém vem para Mato Grosso”, sintetizou Sachetti, ao lado dos candidatos a deputado federal José Bispo Barbosa (PR) e Gisela Simona (Pros).
Pacto Federativo
Adilton Sachetti voltou a se colocar como o senador disposto a liderar a rediscussão do pacto federativo, no Congresso, a partir de 2019, para melhorar a distribuição de recursos para os municípios. Ex-prefeito de Rondonópolis, ele conhece como poucos as arguras vividas pelas prefeituras.
Adilton Sachetti afirmou que é tremendamente injusta a forma como ocorre, atualmente, a divisão entre os entes federados. Ele enxerga como exagerada concentração de recursos com a União, enquanto os municípios sofrem a atender às demandas, com a escassez de verba.
“É certo que não dá mais para ficar assim, pois município recebe menos de 15% do bolo tributário, o Estado fica com 25% e outros 60% ficam com a União. O aprofundamento do debate sobre o pacto é uma necessidade inadiável, pois os recursos devem ir mais para as prefeituras, que é onde está a população. Ninguém vive na União ou no Estado, mas, sim, nos municípios”, sintetizou Sachetti.
Pela proposta de Sachetti, a União ficaria com menos de 50% da arrecadação. “Serei um senador comprometido com essa pauta e farei os enfrentamentos necessários para garantir que esses recursos realmente cheguem até os municípios para atendimento aos cidadãos”, pontuou Adilton, ao lado dos candidatos a deputado estadual Wilson do PV Marinho dos Santos (PV) e do advogado Ricardo Arruda (PTB).
Desde a Constituição da República de 1988, o Pacto Federativo estabelece como os tributos recolhidos serão gastos pelos entes federados. É um acordo firmado que define as funções, direitos e deveres da União e dos estados. “A burocarcia de Brasília coloca os prefeitos com o ‘pires na mão’ para mendigar recursos. Da forma como está hoje, o pacto traz um prejuízo muito grande, pois muitas coisas deixam de ser feitas”, complementou Sachetti.
*Fotografia Marcus Mesquita


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