Pedro Taques diz que houve patifaria no caso "Grampos", e que mandou investigar.

ARAPONGAGEM


O governador de MT, Pedro Taques (PSDB) negou seu envolvimento no escândalo dos grampos, "interceptações telefônicas ilegais"  esquema esse que foi denunciado pelo ex-secretário de Estado de Segurança Pública Mauro Zaque. 

Em entrevista à Rádio Mega FM, na manhã desta quarta-feira (12), ao ser abordado sobre o assunto Taques disse: .“O que eu tenho a ver com o grampo? Absolutamente nada. Eu não grampeei ninguém, não mandei grampear ninguém”..

O Governador admitiu que houve uma “patifaria”: “Algo existiu aí, como disse o promotor [Marcos] Bulhões, do Gaeco [Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado], uma patifaria existiu aí. Eu fui comunicado pelo então secretário de Segurança informalmente da existência desse grampo. Como o governador recebe fofoca todos os dias, eu falei: Coloca no papel. O que ele colocou no papel, eu enviei ao Ministério Público Estadual, ao Gaeco, e daí, está fora da minha governança. Esse é o ponto. O promotor Mauro Zaque diz que entregou outro documento pra mim. Eu não o recebi”, destacou.

Durante sua entrevista a Mega, o governador voltou a defender os coronéis Zaqueu Barbosa (ex-comandante da Polícia Militar), Evandro Ferraz Lesco (secretário-chefe da Casa Militar afastado) e Ronelson Jorge de Barros (secretário-adjunto da Casa Militar afastado), ambos presos por serem acusados de participarem da chamada “barriga de aluguel”, "procedimento ilícito de inserir em uma ação judicial de quebra de sigilo o número de telefone de pessoas alheias ao objeto do processo"..

“O secretário-chefe da Casa Militar está preso, o adjunto está preso, mas eu quero dizer que confio nestes dois. Nós sabemos que a prisão não significa absolutamente nada, tendo em conta a ampla defesa, o contraditório. O comandante da Polícia Militar do Estado à época, o coronel Zaqueu é um homem decente, a sociedade mato-grossense o conhece. Eu tenho absolutamente certeza de que isso será esclarecido”, afirmou o governador..

Existem diversas investigações sobre o caso. Na Procuradoria Geral da República (PGR), a denúncia apresentada por Mauro Zaque visa apurar a participação do governador Pedro Taques no esquema. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob condução do desembargador Orlando Perri, tramita o processo aberto após notícia-crime protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). Perri também analisa o inquérito policial militar (IPM) instaurado na Corregedoria Geral da PM e que é coordenado pelo coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro. A Polícia Civil também apura o caso.

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