Supersafra amplia em 12% renda no campo
MT, maior produtor nacional de grãos e fibras, deverá fechar ciclo como detentor da maior renda agropecuária do período, superando em quase R$ 8 bi São Paulo
Pelo menos na safra 2016/17 a produção recorde está sendo sinônimo de renda recorde. O maior produtor nacional de grãos e fibras deverá fechar o ciclo como detentor da maior renda agropecuária do período, conforme dados do Ministério da Agricultura. Levantamento atualizado e divulgado ontem, estima que a produção estadual deverá gerar pouco mais de R$ 81,26 bilhões no campo, cifras que superaram a previsão para o estado de São Paulo que sempre lidera esse ranking , mas que em 2017 deve somar R$ 73,31 bilhões, ou cerca de R$ 7,95 bilhões a menos que a estimativa mato-grossense.
Puxam as projeções positivas de Mato Grosso o incremento anual nas lavouras, especial no milho que deverá passar de R$ 10 bilhões (2016) para R$ 15,44 bilhões neste ano e do algodão, cuja receita anual está estimada em R$ 13,62 bilhões, contra R$ 11,99 bilhões contabilizados no ciclo passado.
A renda agropecuária, ou o Valor Bruto da Produção (VBP), que é a receita calculada da porteira para dentro - e que leva em consideração volume produzido e média de preços obtido pela produção - é composta pela receita vinda das lavouras e da pecuária. Na comparação anual, o VBP estadual, se confirmada às projeções, apresentará um incremento de 12%, já que a receita de 2016 fechou em R$ 72,60 bilhões. Para o Brasil a renda da porteira para dentro está estimada em R$ 550,42 bilhões para 2017.
Ainda conforme dados da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mato Grosso deverá gerar R$ 66,70 bilhões vindos das lavouras, especialmente soja, milho e algodão e R$ 14,55 bilhões da atividade pecuária, por meio da criação de bovinos, aves, suínos e produção de leite e ovos. Desses dois segmentos, apenas a agricultura apresenta expansão anual (R$ 57,20 bilhões).
De acordo com os dados da Secretaria de Política Agrícola, a renda proveniente das lavouras de soja deverá ser responsável por cerca de 50% dos R$ 66,70 bilhões previstos para a agricultura. A renda da porteira para dentro de soja está estimada em R$ 33,96 bilhões contra R$ 32 bilhões consolidados no ano passado.
Na atividade pecuária a renda deve ser reduzida de R$ 15,39 bilhões para R$ 14,55 bilhões, conforme a nova estimativa do Mapa. Suínos, leite e ovos são os segmentos com perspectivas positivas, enquanto bovinos e aves têm projeções de baixa em relação ao ano passado. Do total previsto, ou seja, dos R$ 14,55 bilhões, a bovinocultura deverá ser responsável por R$ 10,17 bilhões. Da suinocultura virão R$ 834 milhões, da avicultura R$ 2,07 bilhões, da cadeia produtiva de leite R$ 656,1 milhões e da produção de ovos R$ 825,3 milhões.
SUPERSAFRA – Na última terça-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltou a elevar a projeção de produção de grãos e fibras do Estado, que mais do que nunca será recorde: 56,80 milhões de toneladas (t). O milho segunda safra, com projeção de aumento de 60,5% na oferta, é o responsável pelo reforço nos números. Ainda conforme a Estatal, se os dados se confirmarem, Mato Grosso que já é o maior produtor nacional de grãos e fibras – e seguirá pelo sexto ano consecutivo – será ainda o estado, entre os maiores produtores, a apresentar a maior expansão anual, 30%, já que na safra passada foram colhidas 43,42 milhões/t.
F: Diário de Cuiabá
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