Ex-assessor do PT morre em confronto com a PM após suspeita de abuso

 Quarta-feira, 22 de outubro de 2025 

A morte de Valdecir Ferreira da Silva, 38 anos, em confronto com a Polícia Militar (PM) na última sexta-feira (17), no bairro Tatuquara, em Curitiba-PR, incendiou um debate político acalorado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta terça-feira (21).

Valdecir era ex-assessor da Liderança da Oposição na Alep e foi morto em uma troca de tiros com equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). Ele estava sendo procurado pela polícia sob a suspeita de ter cometido abuso contra a enteada. 

Associação ao PT e Respostas

Durante a sessão legislativa, deputados como Tito Lívio Barichello e Ricardo Arruda associaram o caso ao deputado Renato Freitas do Partido do PT (Foto), pois a indicação de Valdecir para o cargo (com salário de R$ 11.990,90) havia sido feita pelo petista.

Tito Lívio Barichello classificou o fato como “inaceitável” e criticou a nomeação, destacando que o ex-assessor, que ele chamou de "estuprador" e "bandido", estava circulando pela Assembleia. 

Ricardo Arruda alegou que o ex-servidor já tinha sido preso em Santa Catarina em 2023 por um caso de tentativa de feminicídio envolvendo um colega.

Em resposta, o deputado Renato Freitas afirmou que exonerou Valdecir imediatamente após tomar conhecimento da suspeita de abuso e prestou apoio à família da vítima. Ele salientou que, no momento da contratação, o assessor havia apresentado certidões negativas.

O deputado do PT já foi envolvido em vários escândalos e polêmicas, tais como escândalo que o afastou da Câmar quando ainda era Vereador, e, acusado de reduzir gradativamente o salário de uma assessora grávida e exonerá-la no sétimo mês de gestação, entre outras polêmicas.