Abilio contrata empresa acusada de corrupção na gestão Emanuel Pinheiro por mais de 5 milhões
MT Pharmacy é suspeita de corrupção em duas operações diferentes.
Terça-feira, 24 de junho de 2025
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), gastou cerca de R$ 230 mil ao comprar medicamentos da empresa MT Pharmacy, investigada pela Polícia Federal na Operação Colusão durante a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A Secretaria Municipal de Saúde assinou uma ata de registro de preços para fornecimento de medicamentos para atendimento das necessidades da secretaria. A Ata Nº 008/2025 – é resultado do pregão eletrônico 04/2025/PMC. O valor total da ata é de R$ 5.409.527,11.
De acordo com o Portal da Transparência, até o momento a Prefeitura de Cuiabá empenhou R$ 105.292,00 da MT Pharmacy.
Os empenhos foram para a aquisição emergencial do medicamento alteplase, para atender as demandas do hospital municipal São Benedito, conforme autorização nº 586/daf.dir/ecsp/2025, no período de abril de 2025, segundo o processo 0.031122/2025. A Prefeitura realizou dois empenhos, cada um no valor de R$ 52.646,00.
A corrupção envolvendo compra de medicamentos foi um dos principais pontos de crítica do prefeito Abilio Brunini contra a gestão do ex-prefeito. Abilio chegou a citar a operação Colusão em discurso na Câmara dos Deputados, no dia 16 de março de 2023. Em seu discurso, Abilio lembrou que a operação foi “investigar fraude em licitação de equipamentos de proteção contra a covid na pandemia”
“Eu quero ver a esquerda gritar que o prefeito de Cuiabá é genocida. Falem isso! Quantas pessoas morreram porque esse dinheiro foi desviado da saúde? Quantas crianças morreram?”, afirmou, na época, o deputado federal.
O dono da MT Pharmacy é Alexandre Alves Guimarães. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão do empresário em 2021, mas o pedido não foi acatado pelo juiz federal Paulo Cezar Alves Sodré, da 7ª Vara Federal Criminal de Cuiabá.
A empresa MT Pharmacy também foi alvo de outra investigação, essa no âmbito da Operação Overpriced, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
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