Governo Lula deixa MT de fora da 1ª e da 2ª remessa de vacina contra a dengue


 Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024 

Casos de dengue avançam em Mato Grosso, que tem a 12ª taxa de incidência da doença no país; até o momento, dez estados e o Distrito Federal já começaram a vacinar crianças, entre 10 e 14 anos, público-alvo neste momento e que apresenta o maior número de

Mais uma vez Mato Grosso ficou de fora da lista dos estados anunciados pelo Ministério da Saúde (MS) que irão receber doses da vacina contra a dengue. Nessa segunda remessa, mais 29 cidades vão receber o imunizante contra a doença nos próximos dias. 

Até o momento, dez estados e o Distrito Federal já começaram a vacinar crianças, entre 10 e 14 anos, público-alvo neste momento e que apresenta o maior número de hospitalizações. A primeira remessa foi enviada pelo Ministério no último dia 8 deste mês.

No Estado, as notificações de dengue também avançam. Até o momento, já foram registrados 6.006 casos prováveis, quatro mortes confirmadas e outras duas em investigação. Há ainda 36 notificações prováveis de zika e 1.457 de chikungunya, todas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Conforme painel de monitoramento do MS, o estado tem uma taxa de 161,5 casos de dengue por 100 mil habitantes, o que o deixa na 12ª posição do ranking nacional de incidência da doença.

De acordo com informações, a nova remessa do imunizante contra a arbovirose vai completar ao todo a lista de 521 municípios, com previsão de entrega na primeira quinzena de março. Segundo o MS, os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2 (sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da enfermidade. No Estado, além do tipo 2 também circula o sorotipo 1.

A imunização contra a dengue iniciou neste mês e está direcionada para crianças com idades entre 10 e 11 anos. Até o final deste ano, a distribuição da vacina Qdenga, nome comercial do imunizante, será expandida para abranger também adolescentes com idades entre 12 e 14 anos que residem nos 521 municípios contemplados.

Ainda, de acordo com o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões. A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda.

A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS). A garantia é de que a partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo SUS.


MOBILIZAÇÃO NAS ESCOLAS 

No combate à dengue, zika e chikungunya e de conscientização sobre o aumento de casos de dengue no Brasil, o governo federal realiza uma mobilização nas escolas públicas do país contra o mosquito Aedes aegypti. Em Mato Grosso, a iniciativa abrange 1.657 unidades escolares, segundo o Ministério da Saúde.

A ação faz parte da retomada do Programa Saúde na Escola, reestruturado em 2023 e marca a união de esforços dos Ministérios da Saúde e da Educação no combate ao mosquito. Serão 20 semanas de atividades e engajamento das comunidades escolares.

Uma das preocupações é a eliminação de focos do mosquito e reforçar seu papel de proteção junto à comunidade. Segundo o 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção, como sanitários estocados, canos e outros.





 Digoreste News / Diário de Cuiabá 

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