Com leite a mais de R$ 7,00, deputado de MT sugere a laticínios demitir funcionários e valorizar produtores

Aumento do litro do produto entre 2020 e 2022 foi de 220%, enquanto o salário mínimo, no mesmo período, teve acréscimo de apenas 14,5%

 Segunda-feira, 27 de junho de 2022 

Em audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do Leite), o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos) sugeriu aos laticínios realizar demissão de funcionários e cortar despesas para valorizar o produtor de leite.

"Eu não vi nada que a Indústria fizesse de melhoria de funcionamento", disse o parlamentar, que em momento algum fez referência ao consumidor, que se quiser alimentar seus filhos tem que pagar o preço absurdo que o produto chega nas prateleiras dos comércios.

A audiência da CPI que está em tramitação na Assembleia Legislativa do estado de Mato Grosso, foi realizada na cidade de Pontes e Lacerda (445 Km de Cuiabá), na terça-feira (21), para ouvir os produtores e proprietários de laticínios da região.

Na oportunidade, o deputado Gilberto Cattani (PL), presidente da Comissão, disse que o objetivo da CPI do Leite foi de oportunizar os trabalhadores da cadeia produtiva da região relatarem as dificuldades financeiras do setor.

Conforme relatos, os produtores de leite e indústrias enfrentam dificuldades devido a falta de leite no país, referindo o "laticínios Bela Vista" - Piracanjuba, que anunciou paralização das atividades.

O presidente da Cooperativa Agropecuária do Noroeste do MT (Coopnoroeste), fabricante dos produtos Lacbom, enfatizou o momento de dificuldade do setor.

O que não ficou claro, é o porque da dificuldade dos produtores, visto que o litro de leite que era comercializado na Capital, por exemplo, no início de 2020 pelo valor de R$ 2,29, hoje é encontrado nas prateleiras pelo valor de R$ 7.29, um acréscimo de 220%, no período em que o salário mínimo teve acréscimo de apenas 14,5%, sendo 5,26 em 2021 e 9,24 referente a 2022.