Cuiabá é o 1º município do Brasil a atingir 100 MW em GD solar

Calor da cidade é determinante para que o consumidor gaste mais energia do que no resto do país. 


 Quinta-feira, 06 de janeiro de 2022 

Cuiabá é o primeiro município do Brasil a atingir a marca de 100 MW de potência solar instalada em residências, fachadas e em pequenos e médios terrenos, segundo dados apurados pelo Canal Solar junto à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Com pouco mais de 615 mil habitantes, a capital do estado de Mato Grosso já acumula mais de 9,45 mil UCs (Unidades Consumidoras) recebendo créditos e pouco mais de 9 mil usinas fotovoltaicas em operação.

Entre as classes de consumo, os sistemas residenciais são os de maior predominância, com mais de dois terços das usinas (7,62 mil) e mais da metade de toda a potência instalada no município (55 MW). Na sequência, aparecem os sistemas em comércios (24,5 MW) e indústrias (15,8 MW), respectivamente.

De acordo com Thiago Trindade, empreendedor do setor de energia solar na região, Cuiabá é uma cidade que o consumo de energia é alto, por causa das temperaturas elevadas em quase todos os meses do ano. “Isso faz com que a necessidade de ter um sistema de energia solar em casa se torne muito atrativo, pelos benefícios econômicos”, disse ele.

“Hoje, uma residência familiar comum, com 4 pessoas, consome tranquilamente de 700 a 800 kwh/mês. Já uma empresa climatizada, para proporcionar um mínimo de conforto para seus clientes, consomem de 3 mil a 4 mil kwh/mês, se não for um espaço muito grande”, explicou. 

Já para Tiago Vianna de Arruda, coordenador estadual de Mato Grosso pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), e Sindenergia em Mato Grosso (Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição. de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso), a adesão a energia solar também tem relação direta com o agronegócio regional.

“O fato de a concessão englobar todo o Mato Grosso, muitas empresas do agro têm concentrado seus geradores em Cuiabá, fazendo uso da energia através do autoconsumo remoto e também visando operação e manutenção concentrada. Isso tudo gera um custo menor e consequentemente traz ainda mais atratividade financeira para os investimentos (em solar)”, destacou.


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