Arrecadação cresce 23% no estado em que o povo come ossinho, (MT) segundo impostômetro

Enquanto a máquina pública aumenta a arrecadação e meia dúzia de ricos ficam mais ricos, o pobre esquece o sabor da carne.


 Quarta-feira, 05 de janeiro de 2022 

A disparada de preços dos principais produtos e serviços consumidos pelo mato-grossense contribuiu para uma arrecadação de impostos maior, em 2021. Dados do Impostômetro mostram que o ano fechou com arrecadação do Estado recorde de R$ 37,87 bilhões, 23% a mais que o ano anterior.

O montante pago pelos contribuintes, de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021, equivale aos tributos pagos aos governos federal, estaduais e municipais. No mesmo período de 2020, a arrecadação somava R$ 30,74 bilhões.

Na capital do estado (Cuiabá), nos últimos meses a imprensa e as redes sociais tem mostrado pessoas fazendo fila nas proximidades de um açougue para matar a fome com ossos de carne. 

A cerca de 6 meses após a primeira divulgação pública, segundo relatos de moradores, o número de pessoas que buscam este tipo de produto para se alimentar está aumentando recentemente.

Na última segunda (03), no centro da Capital, produtores de gado de corte fizeram uma manifestação com churrasco contra o Banco Bradesco, por uma suposta divulgação de mensagem, aconselhando as pessoas a ficarem as segunda-feiras sem comerem carne. No entanto, ninguém viu uma só manifestação dos mesmos produtores, ricos por sinal, em favor de baixar o preço exorbitante da carne, alimento que o pobre deixou de ter acesso. 


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