Cuiabá tem a segunda "Cesta Básica" mais cara do Centro-Oeste e a sétima mais cara do Brasil

 Desde dezembro do ano passado, a cesta cuiabana rompeu a barreira dos R$ 600 e não retrocedeu mais.


 Sábado, 16 de outubro de 2021 

Cuiabá registrou em setembro mais uma alta sobre a cesta básica, dessa vez de 2,27% em relação a agosto, majoração essa que elevou o conjunto de alimentos básicos a R$ 627,81. 

Com a média do mês passado, o custo é o segundo maior entre as capitais do Centro-Oeste e o sétimo do País. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Na comparação anual, ante a média de R$ 546,71 de setembro do ano passado, a cesta básica cuiabana revela alta de 15% no período.

Cuiabá está atrás somente de São Paulo (R$ 673,45), Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85), Rio de Janeiro (R$ 643,06), Vitória (R$ 633,03) e Campo Grande (R$ 630,83).

Em relação às capitais da região, Campo Grande lidera a média de preços. Na sequencia estão Cuiabá, Brasília (R$ 617,65) e Goiânia (R$ 574,08).

O valor apurado em setembro é mais um recorde superado em 2021. Desde dezembro do ano passado, a cesta cuiabana rompeu a barreira dos R$ 600 e não retrocedeu mais.

Carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga, integram o conjunto de alimentos tidos como básicos para uma família de quatro pessoas por 30 dias.

Com mais essa variação, o cuiabano passa a despender quase 60% do salário mínimo bruto, R$ 1.100, para aquisição da cesta básica.

NO PAÍS – Conforme o Dieese, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que conta com a participação de 17 capitais brasileiras.

As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

ANÁLISE – Desde janeiro de 2016, o Diesse suspendeu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na capital mato-grossense, avaliação mensal que vem sendo realizada pelo Imea.

O Imea alterou a forma de divulgação dos preços da cesta básica e por isso não é possível saber quais alimentos contribuíram para o avanço anual do preço.

Mas como o Imea utiliza a mesma metodologia do Dieese, é possível inserir Cuiabá no ranking nacional e analisar o comportamento do preço dos alimentos básicos a cada período.

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