Chia reduz riscos de doenças cardiovasculares, mostra pesquisa

Pesquisa apontou redução nas alterações metabólicas diretamente relacionadas ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares.


 Quinta-feira, 23 de setembro de 2021 

Proteínas da chia ajudam a combater doenças cardiovasculares com muita eficiência. É o que mostra uma pesquisa de pós-doutorado de uma estudante da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais.

Mariana Grancieri conta que as fibras e gorduras das sementes de chia são benéficas para a saúde e têm efeitos promissores contra as principais alterações metabólicas, relacionadas ao comprometimento dos vasos do coração.

A pós-doutoranda atua no Laboratório de Nutrição Experimental da UFV.

A pesquisa

Mariana testou a ação dos tipos de proteínas da chia durante a digestão. O experimento foi realizado primeiro em camundongos e apresentou ótimos resultados.

O trabalho demonstrou que, após a digestão, as proteínas da chia produziram peptídeos com efeitos anti-inflamatórios, anti-aterogênicos e anti-adipogenicos.

Com isso, houve uma redução nas alterações metabólicas diretamente relacionadas ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

A autora publicou em nota que estava feliz com o resultado e que os efeitos positivos da pesquisa podem ajudar muitos pacientes.

“Descobrimos que as proteínas da chia também possuem efeitos positivos contra alterações indutoras de doenças cardiovasculares, além das fibras e lipídeos que eram tidos como principais responsáveis por esses efeitos benéficos. Nós também constatamos que o elevado teor de lipídeos da chia, principalmente o ômega-3, é decorrente da composição proteica dessa semente. No desenvolvimento da planta, a configuração proteica é o que permite o armazenamento dos lipídeos”, afirmou Mariana.

Estudo premiado

A pesquisa de Mariana também lhe rendeu o prêmio Capes de Tese 2020, um reconhecimento nacional como a melhor tese defendida na área da Nutrição em todo o país.

Além disso, o trabalho foi tema de 4 artigos em revistas científicas. Os estudos foram feitos com testes bioquímicos e de bioinformática realizados na UFV e na Universidade de Illinois (EUA), onde a pesquisadora fez parte do doutorado.

Vale lembrar que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade e redução da qualidade de vida da população brasileira e mundial.


SNB Com informações de Dia a Dia Notícias

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