Gasolina chega a R$ 6,19 em Cuiabá e produtores anunciam aumento no preço de carne e ovos em até 50%

Além da disparada no preço dos combustíveis, frango, ovos e a carne suína devem subir até 50% nos próximos meses.


 Terça-feira, 13 de Julho de 2021 

Um procedimento comum no cotidiano de trabalhadores dos postos de combustível segue assustando os consumidores mato-grossenses: a troca de preço nos painéis. Com a gasolina chegando a R$ 6,19, não é difícil encontrar motoristas preocupados com o impacto no orçamento mensal. Quem tem sentido ainda mais o obstáculo dos preços são os trabalhadores que dependem diretamente do combustível para tirar sua renda. Quando observado o etanol, o valor variava entre R$ 4,15 e R$ 4,17 

Não é só o combustível que ficou mais caro nesse mês de julho. Outro produto que faz parte do dia a dia dos brasileiros também terá aumento de preço e pode ficar até 50% mais caro ainda este ano, projetam associações de produtores.

Segunda a informação do Portal UOL, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) sinaliza que a carne de frango e porco também serão vilões na nossa mesa.

A entidade, que tem 143 associados (os principais do ramo do país), afirma que isso ocorrerá devido ao aumento dos custos de produção nos últimos 12 meses. O ICP (índice de Custo de Produção) de junho da Embrapa Suínos e Aves aumentou 52,3% para frangos e 47,53% para suínos.

A alta é consequência do aumento dos preços do farelo de soja e milho, principais componentes da nutrição de suínos e frangos - os custos com nutrição correspondem a 75% no ICP de frangos e a 80,8% no de suínos.

Além disso, os preços do milho semiduro no atacado, em uma saca de 60 kg, tiveram variação entre 61% (em Recife-PE) e 98,7% (em Sorriso-MT), na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o de 2020, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Já para a tonelada de farelo de soja, a menor variação no mesmo período foi em Passo Fundo (RS), de 61,4%, e a maior em Barreiras (BA), com preço de R$ 2.610,46 e alta de 82%.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse que as empresas irão repassar, de forma integral, esse aumento nos custos de produção parara o preço de frangos e suínos: "(Esse repasse) já ocorre este mês, de forma gradual, nas respectivas praças", disse.

De acordo com o executivo, o preço para o consumidor final vai variar conforme os praticados pelas granjas, frigoríficos e mercados em geral. Os repasses de custos também serão feitos para a exportação.

"À medida que os estoques do milho e farelo de soja, comprados por um preço menor ano passado, acabarem, os criadores de frangos e suínos, granjas e empresas, terão de adquirir os grãos no preço atual, bem mais caro, e aí farão o repasse dos custos", disse.



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