Mãe de Bolsonaro recebe 2ª dose da CoronaVac, "a vacina do Doria"

Olinda Bolsonaro recebeu a segunda dose da vacina CoronaVac, nesta segunda-feira (8), em Eldorado, no interior de SP.


  Segunda-feira, 08 de março de 2021  

A mãe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Olinda Bunturi Bolsonaro, de 93 anos, recebeu a segunda dose da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, nesta segunda-feira (8) em sua própria residência em Eldorado, no interior de São Paulo. As informações foram confirmadas pela prefeitura.

Olinda recebeu a primeira dose da vacina CoronaVac no dia 12 de fevereiro, segundo o cartão de vacinação da idosa. Após 24 dias, ela recebeu a segunda dose do imunizante, por volta das 10h30.

A CoronaVac é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, comandado por João Doria. O Programa Estadual de Imunizações recomenda que o intervalo entre a 1ª e a 2ª dose seja de 28 dias (4 semanas) no caso da Coronavac. Já da vacina Oxford/AstraZeneca o intervalo é de 90 dias entre a 1ª e 2ª dose.

Além de Olinda, a cuidadora dela, Maria José Fermino, de 61 anos, também foi vacinada nesta segunda-feira. Ela foi levada à Unidade Básica de Saúde (UBS) do município onde foi aplicada a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca. A previsão é que ela receba a segunda dose em 8 de junho.


Cartão de vacinação

Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais no dia 18 de fevereiro, fazendo politicagem, Jair Bolsonaro apresentou o cartão de imunização da mãe, Olinda, afirmando que ela teria sido imunizada pela vacina de Oxford, fornecida pela Fiocruz.

Segundo Jair, apesar de constar que sua mãe recebeu a dose de CoronaVac, a informação seria falsa. Ele afirmou, na live, que duas horas depois de aplicar a vacina em sua mãe, o enfermeiro voltou à residência dela, rasgou o comprovante que constava que a vacina seria a de Oxford e entregou outro, que indicava o Instituto Butantan como fabricante.

No entanto, de acordo com informações do cartão de vacinação de Olinda, o número do comprovante da dose aplicada corresponde a um lote compatível com o imunizante do Instituto Butantan, vindo de São Paulo, desmentindo mais uma das inúmeras mentiras ditas pelo presidente sobre o coronavírus desde seu surgimento. 

Bolsonaro lutou muito para que a CoronaVac não tivesse sucesso, chegando-a dizer que não compraria a Vacina do Doria. Mas, ele também negou de comprar outras, como dispensou em agosto, uma proposta de compra da vacina que mais tem sido fabricada no mundo, a Pfizer. 

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