Centrão dá as Cartas - Bolsonaro discute com Centrão trocas em mais três ministérios.

  É O MAIOR  TOMA  LÁ  -  DÁ  CÁ  - DA HISTÓRIA DO PAÍS


  Terça-feira, 30 de março de 2021  

O presidente Jair Bolsonaro discute com aliados do Centrão a substituição de mais três ministros. O presidente disse a aliados que deverão deixar os postos os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Gilson Machado Neto (Turismo). 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deverá ser o padrinho de um dos novos integrantes do primeiro escalão de Bolsonaro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também está sendo ouvido pelo presidente

As trocaS se inserem no contexto político de evitar um impeachment devido ao desastre na pandemia e alimentar alguma chance de reeleição em 2022. Ontem, Bolsonaro fez uma dança de cadeiras em seis ministérios.


Bolsonaro fez maior "toma lá, dá cá" da história, mas economiza com vacina.

O caminho de Jair Bolsonaro para a Presidência da República foi pavimentado pela promessa de acabar com o que chamou de velha política. Inflamado, o candidato dizia que daria ao relacionamento entre Executivo e Legislativo um formato diferente da tradicional troca de apoio parlamentar por verbas e cargos. Seria o fim do "toma lá, dá cá". Cansado de escândalos de corrupção envolvendo políticos, o eleitor incauto acreditou na bravata - mesmo com Bolsonaro tendo passado 28 anos no Congresso beneficiando-se do fisiologismo praticado pelos partidos que integrou.

Bastou um atrapalhado início de gestão, com seguidas derrotas na Câmara e no Senado, para o presidente jogar pela janela a promessa de campanha. Por intermédio do ministro chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, se acertou com o Centrão. Como fizeram seus antecessores, recorreu ao escambo. Bolsonaro, no entanto, não fez um simples "toma lá, dá cá". Praticou, na verdade, o maior "toma lá, dá cá" da história. Conforme noticiamos em matéria recente, somente para garantir a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, o governo liberou nada menos que R$ 3 bilhões em obras a 250 deputados e 35 senadores. 

Agora, ele troca um terço dos Ministérios para acomodar os apadrinhados do Centrão. No fundo, Bolsonaro não governa nada, e sim, obedece ordens da pior raça que povoa Brasília. 

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