650 pessoas morreram no Mato Grosso por Covid-19 no período de 10 dias

Somente na última segunda-feira, dia 22 de março, 125 pessoas vieram a óbito por causa da Covid-19


  Sexta-feira, 26 de março de 2021  

O estado de Mato Grosso registrou 650 óbitos em decorrência da Covid-19 entre os dias 16 até ontem (25), conforme boletim epidemiológico da secretaria de Estado de Saúde. Uma das causas, segundo o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, é que o Estado é o pior no isolamento social em relação ao restante do país.

Na segunda-feira, houve a maior média de mortes já registrada desde o início da pandemia, com 125 vítimas. Ontem, foram mais 73 vítimas, na quarta-feira 62 falecimentos, terça-feira 95 óbitos, no domingo 46, e  no sábado passado aconteceram 71.

“Somente esta semana registramos o número de mortes por dia mais alto do Estado desde o início da pandemia. Na última segunda-feira, dia 22 de março, 125 pessoas vieram a óbito por causa da Covid-19. É um número que muito nos preocupa e lamentamos muito por essas vidas perdidas”, comentou.

Ele destacou que uma das principais medidas para reduzir o contágio da doença e, por consequência o número de mortes, que é o isolamento social, é pouco praticado no Estado. Durante a semana, o ranking da Inloco apontou Mato Grosso com o menor índice do país, abaixo dos 30%.

“O ideal seria que conseguíssemos cumprir pelo menos 50% de isolamento social da população, mas estamos muito aquém disso. Precisamos da consciência coletiva para reduzir esse contágio, reduzir o número de internados e de mortes. Enquanto a população não tiver essa consciência, o Estado não vai vencer esse vírus”, afirmou Gilberto.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o governo de Mato Grosso abriu 547 leitos de Unidade de Terapia Intensiva para o tratamento dos casos graves da Covid-19. No entanto, na quinta-feira, a taxa de ocupação era de 98% para UTIs. “Enquanto não praticarmos o isolamento social, não vai adiantar abrir leitos. E, nesse momento, o grande problema para colocar mais UTIs em funcionamento não é falta de recurso, é falta de profissionais especializados em terapia intensiva. Então, o isolamento social é mais do que necessário, é urgente”.


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