3 profissionais de saúde morrem por dia de Covid-19 no Brasil - País já perdeu quase MIL

 Segundo Ministério da Saúde, a média é de 3 óbitos por dia pela doença desde o primeiro registro, ocorrido em março de 2020


 Quinta-feira, 28 de janeiro de 2021 

O Brasil se aproxima de mais uma triste marca na pandemia: chega a quase mil profissionais de saúde mortos pela Covid-19. Em pouco mais de 10 meses, pelo menos 990 médicos, enfermeiros e técnicos, de acordo com dados oficiais, morreram vítimas da doença. A média é de três por dia desde o primeiro registro de óbito, ocorrido em 12 de março, segundo o Ministério da Saúde.

Os números foram compilados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que contabiliza 465 médicos mortos, e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), cujos registros de óbitos dão conta de 525 vítimas.

As informações foram repassadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde, além de conselhos regionais de medicina, sindicatos médicos e sociedades de especialidades médicas. No levantamento, foram considerados apenas mortes por Covid-19.

O Rio é o estado com o maior número de mortes de médicos no período: foram 67 profissionais. São Paulo, com 63, e o Pará, com 54, aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente.

Para Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e autor da nota técnica “Vacinação prioritária contra Covid-19 para trabalhadores da saúde no Brasil”, as mortes desses profissionais ocorreram de forma ininterrupta ao longo de toda a pandemia:

O fluxo de atendimento é permanente, a linha de frente nunca foi desativada. Ou seja, mesmo nos períodos de estabilidade, nós mantivemos patamares elevados. Há um ano temos alta ocupação de enfermaria, leitos de UTI, triagem, em momento algum os profissionais de saúde deixaram de estar expostos. Nunca deixaram de ter alto risco. Não por acaso são o público prioritário (no programa de vacinação).

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