Casal de universitários de Cuiabá vende pão de mel, brigadeiro e outros doces para pagar casamento
Domingo, 01 de Novembro de 2020
O casal de universitários Andreza Arcanjo Tuger e Douglas Souza Pereira, de 22 e 21 anos, respectivamente, resolveram vender brigadeiro e doces para pagar o tão sonhado casamento em 2021. Os dois se conheceram devido ao irmão de Andreza e, no começo, não se davam tão bem. Com o passar do tempo, os dois foram se aproximando e a percepção de paixão se deu quando Douglas viajou para o Amazonas visitar os pais.
A decisão de vender brigadeiros para casar veio junto com a necessidade de arrecadar fundos para conseguir realizar a cerimônia de união, prevista para 2021. Na época, sem qualquer apoio financeiro, eles decidiram por algo que fosse relativamente fácil de fazer e que poderia render um dinheiro extra que pudesse ser utilizado somente anos depois, quando a data do casamento chegasse.
“A gente tem que achar alguma coisa que eu consiga fazer porque minha faculdade integral. Eu teria que fazer algo à noite que fosse rápido e fácil de transportar. Era fácil de fazer, todo mundo gosta e eu consegui conciliar com o meu tempo”, conta Andreza. Além dos brigadeiros, que vendem há dois anos, os dois também vendem outros doces como pão de mel e mouse.
Devido a pandemia do novo coronavírus, o número de vendas baixou consideravelmente. “Esse ano a gente ficou praticamente parado”, explica Andreza. Grande parte das vendas eram feitas nas universidades que frequentam, então com as aulas presenciais suspensas não está sendo possível vender a mesma quantidade de antes.
O casal vende para amigos e familiares, devido a logística ser mais simples, porém a meta estipulada para o casório está longe de ser atingida. “A gente achou melhor que as pessoas encomendassem para a gente conseguir entregar. Então, eu consegui um estágio e assim eu não consigo fazer as entregas porque não temos uma clientela muito grande”.
Estudante de Engenharia Sanitária, Andreza é natural de Cuiabá, enquanto Douglas é de Presidente Figueiredo, no Amazonas. Em 2017, Douglas, que hoje estuda Engenharia de Controle e Automoção, se mudou para Cuiabá para trabalhar em uma mecânica da cidade e conheceu o irmão de Andreza. Os dois, inicialmente, não eram próximos, mas ao longo do tempo a aproximação foi acontecendo a ponto de perceberem que se gostavam muito mais do que como amigos.
A percepção só veio quando Douglas viajou para Presidente Figueiredo visitar seus pais. “Ele foi visitar os pais no final de 2017. A gente percebeu que não conseguia ficar longe. Tinha que conversar, sempre estar perto. Não era mais amizade. Quando ele voltou, começamos a ficar”, conta.
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