Jayme Campos diz que representação contra Flavio Bolsonaro deve se antes do caso do dinheiro nas nádegas

Presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT), diz que processos têm de ser analisados "pela ordem"


  Sábado, 17 de Outubro de 2020  

A representação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no conselho de Ética do Senado, apresentada em fevereiro deste ano pelo PSOL, deve ser avaliada antes do caso envolvendo o parlamentar Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado nesta quarta-feira com dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal. A informação é do presidente do colegiado, Jayme Campos (DEM-MT), que defende a apreciação na ordem em que as petições foram apresentadas.

Tem que ser pela ordem, uai. Como é que entra uma representação ou uma denúncia contra um cidadão há três, quatro meses, e agora entra uma outra e já vai passar na frente? Tem que julgar na ordem cronológica - disse Jayme Campos ao GLOBO na noite desta sexta-feira.

Apesar do entendimento de Campos, a tramitação de todos os processos no Conselho ainda pode demorar. O presidente do colegiado afirma que os trabalhos só serão retomados após a volta das sessões presenciais dos colegiados, paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus. Mesmo antes da emergência sanitária, no entanto, nenhum pedido de cassação de mandato foi apreciado.

Há uma resolução da Mesa Diretora proibindo reunião presencial das comissões. Nesse caso particularmente (do senador Chico Rodrigues), vou encaminhar para a Advocacia do Senado, que vai emitir um parecer. Depois, temos um cronograma a seguir — justificou o presidente do Conselho de Ética.

Apresentada há cerca de oito meses, a representação contra Flávio Bolsonaro aponta suposto envolvimento do filho do presidente Jair Bolsonaro com milícias no Rio de Janeiro; prática de "rachadinha"; lavagem de dinheiro; e contratação de funcionários fantasmas quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Flávio Bolsonaro nega todas as acusações.

Em agosto, a Rede entrou com um pedido para que a admissibilidade da representação fosse analisada de imediato pelo presidente do Conselho de Ética. Em resposta, o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello, afirmou que seria recomendado suspender o prosseguimento do processo "até a normalização dos trabalhos no âmbito do Senado Federal".

Além de Flávio Bolsonaro, outros parlamentares são alvo de pedido de processo disciplinar no Conselho de Ética. Entre eles, os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Cid Gomes (PDT-CE). O presidente do Conselho de Ética pondera que nem todos os pedidos serão admitidos após a retomada das atividades presenciais.

Os partidos Rede e Cidadania protocolaram uma representação pela cassação do mandato do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal na última quarta-feira por participar de suposto esquema de desvio na área da saúde. Durante buscas em sua casa, o parlamentar foi flagrado com cerca de R$ 30 mil em dinheiro vivo e tentou esconder parte das notas dentro da cueca. Outras legendas devem fazer o mesmo na próxima semana.

Presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT), diz que processos têm de ser analisados "pela ordem"

A representação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no conselho de Ética do Senado, apresentada em fevereiro deste ano pelo PSOL, deve ser avaliada antes do caso envolvendo o parlamentar Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado nesta quarta-feira com dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal. A informação é do presidente do colegiado, Jayme Campos (DEM-MT), que defende a apreciação na ordem em que as petições foram apresentadas.

Tem que ser pela ordem, uai. Como é que entra uma representação ou uma denúncia contra um cidadão há três, quatro meses, e agora entra uma outra e já vai passar na frente? Tem que julgar na ordem cronológica - disse Jayme Campos ao GLOBO na noite desta sexta-feira.

Apesar do entendimento de Campos, a tramitação de todos os processos no Conselho ainda pode demorar. O presidente do colegiado afirma que os trabalhos só serão retomados após a volta das sessões presenciais dos colegiados, paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus. Mesmo antes da emergência sanitária, no entanto, nenhum pedido de cassação de mandato foi apreciado.

Há uma resolução da Mesa Diretora proibindo reunião presencial das comissões. Nesse caso particularmente (do senador Chico Rodrigues), vou encaminhar para a Advocacia do Senado, que vai emitir um parecer. Depois, temos um cronograma a seguir — justificou o presidente do Conselho de Ética.

Apresentada há cerca de oito meses, a representação contra Flávio Bolsonaro aponta suposto envolvimento do filho do presidente Jair Bolsonaro com milícias no Rio de Janeiro; prática de "rachadinha"; lavagem de dinheiro; e contratação de funcionários fantasmas quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Flávio Bolsonaro nega todas as acusações.

Em agosto, a Rede entrou com um pedido para que a admissibilidade da representação fosse analisada de imediato pelo presidente do Conselho de Ética. Em resposta, o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello, afirmou que seria recomendado suspender o prosseguimento do processo "até a normalização dos trabalhos no âmbito do Senado Federal".

Além de Flávio Bolsonaro, outros parlamentares são alvo de pedido de processo disciplinar no Conselho de Ética. Entre eles, os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Cid Gomes (PDT-CE). O presidente do Conselho de Ética pondera que nem todos os pedidos serão admitidos após a retomada das atividades presenciais.

Os partidos Rede e Cidadania protocolaram uma representação pela cassação do mandato do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal na última quarta-feira por participar de suposto esquema de desvio na área da saúde. Durante buscas em sua casa, o parlamentar foi flagrado com cerca de R$ 30 mil em dinheiro vivo e tentou esconder parte das notas dentro da cueca. Outras legendas devem fazer o mesmo na próxima semana.


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