Irmão do Líder de Mauro Mendes recebeu mensalinho do Riva durante 96 meses

O dinheiro para o pagamento da propina mensal provinha  de desvios de recursos públicos da Assembléia Legislativa de MT


  Terça-feira, 06 de Outubro de 2020  

O ex-deputado Dilceu Dal' Bosco, irmão do Líder do Governo Mauro Mendes na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, (deputado Dilmar Dal' Bosco), é alvo de uma Ação Civíl Pública proposta pelo Ministério Público de MT, por supostamente receber, durante 96 meses, "propina mensal (mensalinho) paga pelo ex-presidente da AL, José Geraldo Riva. 

O pagamento do mensalinho foi revelado nas delações premiadas do ex-governador Silval Barbosa e do Riva.

Em medida liminar, o MPE pede o bloqueio de bens de Dal' Bosco na ordem de mais de R$ 22 milhões.

De acordo com a ACP do Ministério Público, foi instaurado inquérito Civíl com a finalidade de apurar possíveis atos de improbidade administrativa e danos ao erário, atribuindo ao ex-deputado estadual, considerando que durante o exercício do mandato parlamentar teria recebido propina mensal (mensalinho) paga pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, com recursos públicos desviados da própria Casa de Leis, em contratos mantidos pelo órgão público com empreiteiras e, especialmente, com diversas empresas gráficas e do setor de tecnologia da informação. 

Os fatos vieram a lume, inicialmente, através do ex-governador Silval Barbosa, que em sua colaboração premiada junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal, relatou a existência do esquema de pagamento de propina (mensalinho) aos deputados estaduais desde os idos de 1999, abrangendo também o período de 01 de fevereiro de 200 a 31 de janeiro de 2011, correspondente a 15ª e 16ª legislaturas nas quais atuou Dilceu Antonio Dal Bosco. Cconforme o colaborador, em troca de apoio aos projetos Executivo, os ex-deputados receberam entre trinta e quarenta mil reais por mês durante os anos de 2003 a 2006, incluindo a ora réu, cita trecho da denúncia do MPE.

O ex-governador Silval Barbosa em sua delação, ainda esclareceu que o dinheiro necessário para o pagamento da propina mensal era oriundo de desvios de recursos públicos da Assembléia Legislativa de MT, através de contratos firmados com diversas empresas, as quias faziam um retorno de "15 a 25% dos valores que lhes eram pagos no contrato, e de 30 a 50% dos valores pagos nos ativos contratuais. "O retorno era entregue pelas empresas diretamente ao colaborador Silval e ao então deputado estadual José Geraldo Riva, cabendo a ambos repassarem a propina aos demais deputados através do "mensalinho" conta o MPE. 

José Riva confirmou o esquema revelado por Silval em recente colaboração premiada firmada com o Ministério Público do estado de mato Grosso, onde além de delatar as fraudes, explica como se davam os desvios dos recursos públicos e retornos para o abastecimento do mensalinho.

O MPE lembra que: "A propósito, essas informações do colaborador José Geraldo Riva são corroboradas pela Sentença da Operação Imperador, que reconheceu como verdadeiro o fato relativo às fraudes e desvios de dinheiro em relação as empresas Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Hexa Comércio e serviços de informática Ltda, Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Real Comércio e Serviços tda, Servag Representação e Serviços Ltda. Na Referida Sentança Penal Condenatória foi reconhecida a existência do esquema destinado ao desvio de dinheiro público esistente na ALMT por meio de fraudes consistentes em emissão de notas fiscais sem a respectiva entrega de mercadoria, pagamentos às empresas e retorno de mais de 70% dos valores para a organização criminosa instalada na ALMT". 




Digoreste News, com informações do VG Notícias


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