Carreata dos servidores públicos denuncia desmonte e privatização dos serviços públicos e Mauro Malvadeza

No MT, a categoria denunciou o alinhamento de Mauro Mendes as políticas de ataques aos servidores públicos. Há dois anos congelando direitos.


  Cuiabá-MT, 01 de Setembro de 2020  

Percorrendo uma distância de cerca de 15 quilômetros, a Carreata dos servidores públicos municipais, estaduais e federais, em Cuiabá, marcou ontem (30.09) o primeiro enfrentamento público, coletivo, contra a Reforma Administrativa do Governo Federal. O manifesto integrou a mobilização nacional, que ocorreu na data, em todo o país. Em Mato Grosso, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep/MT) denunciou, também, o alinhamento do governo Mauro Mendes as políticas de ataques aos servidores públicos. Há dois anos congelando direitos.

A Reforma Administrativa, que tramita na Câmara dos Deputados como Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, traz medidas que desmontam direitos dos servidores e comprometem todo os serviços públicos. “Com a redução de profissionais e a precarização dos salários a qualidade da oferta ficará bem mais comprometida”, alertou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (SINTEP/MT), Valdeir Pereira. 

Os mais de 300 carros, muitos de representantes das subsedes do Sintep/MT no estado e de outras entidades sindicais, além do movimento social, partiram da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) rumo ao Centro Político Administrativo (CPA) da capital, e depois para o Centro de Cuiabá. No trajeto, músicas de protestos, áudios esclarecendo os prejuízos da Reforma Administrativa para os trabalhadores e população, alertavam a sociedade. 

Representantes sindicais, no caminhão de som, pontuaram durante todo o percurso as falácias do governo Federal, para ludibriar a opinião pública sobre os danos que a Reforma Administrativa trará para população de modo geral, e em especial, aos menos favorecidos. 

Manifestos

“A Reforma não atinge o Judiciário ou o Legislativo, apenas os trabalhadores do executivo, aqueles que recebem os menores salários” destacou o dirigente estadual do Sintep/MT, professor Edson Evangelista.

“Será a funcionária do posto de saúde, a professora da escola, o trabalhador da limpeza urbana, no município, os atingidos com a precarização dos salários”, ressaltava o professor da UFMT, Reginaldo Araújo. 

O professor Reginaldo destacou também a tentativa da distorção da realidade estabelecida na Reforma, que argumenta inchaço da folha, e culpabiliza o funcionalismo públicos brasileiro pela ingerência da máquina estatal.  “Hoje 12% do quadro de trabalhadores brasileiros estão no serviço público, um número inferior a Alemanha, Inglaterra, onde esse percentual chega a mais de 20%”, disse 

Malvadeza

O “Basta” foi anunciado nas faixas fixadas no carro de som, que puxava o comboio. O material esclarecia também as mazelas do governo Mauro Mendes, “Mauro Malvadeza”, diziam. Na Educação estadual, a categoria está com os salários congelados. “Os profissionais da educação  estão sem correção salarial desde 2019, com passivos de 2018, e o governador quer que continuem por mais dois anos. O arroz subiu, óleo aumentou e só quem ganha com isso é o agronegócio e os empresários. O povo cada vez mais pobre”, concluiu Edson Evangelista.


Nenhum comentário