Recurso gasto com direitos de filme de Rondon poderia fomentar audiovisual em MT, diz Lúdio

Deputado propõe que Assembleia destine esse recurso para edital que financie diversos projetos e movimente o setor no estado

A Assembleia Legislativa gastou R$ 2 milhões na aquisição dos direitos de exibição do filme “Rondon, o Desbravador”. Diante dessa notícia, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) propôs que a Assembleia destine esse recurso para fomentar o setor de audiovisual em Mato Grosso com abertura de editais para diversos projetos, em vez de aplicar o recurso em um único filme.

“Fomos surpreendidos na semana passada com a notícia de que a Assembleia pagou R$ 2 milhões pelos direitos desse filme. Conversei com diversos profissionais do audiovisual e fui informado que a Rede Globo paga no máximo R$ 200 mil por um filme. Não estamos questionando a qualidade do filme que conta a vida do Marechal Cândido Rondon, pois é um filme muito bom. Mas esse recurso poderia ser aplicado para fomentar o setor audiovisual em Mato Grosso, com abertura de editais para vários projetos”, argumentou Lúdio.

O deputado afirmou que o valor poderia financiar documentários, curtas e até mesmo longas-metragens para serem exibidos na TV Assembleia, incentivando o setor em Mato Grosso. Lúdio citou, ainda, que a destinação desse recurso para a produção mato-grossense provocaria também uma injeção de recursos por parte da Agência Nacional do Cinema (Ancine), movimentando ainda mais a cadeia do audiovisual no estado.

“Para cada real que o poder público coloca no setor de audiovisual em Mato Grosso, a Ancine coloca mais R$ 4. Dessa forma, se a Assembleia aplicasse esses R$ 2 milhões, o setor teria condições de acessar mais R$ 8 milhões via Ancine. Por isso, sugiro fazermos desse limão uma limonada, destinando o recurso para fomentar o audiovisual como um todo no estado”, disse Lúdio.

A indústria audiovisual tem importante participação na economia do país. Segundo pesquisa divulgada em 2016 pela Motion Picture Association - América Latina, o setor emprega, direta e indiretamente, mais de 495 mil pessoas, injeta R$ 23 bilhões por ano na economia brasileira e arrecada R$ 2,7 bilhões em impostos. 


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