Toffoli e Bolsonaro se juntam e assinam acordo contra a Lava Jato

Presidentes do Judiciário e Executivo se uniram para tirar a delação premiada do Ministério Público


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, acabam de assinar novas regras para acordos de leniência. Agora, as delações premiadas serão negociadas apenas pela AGU (advocacia-geral da União) e CGU (controladoria-geral da União).

Sem a participação de membros do Ministério Público Federal (MPF) e nem do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, a cerimônia impõe mais uma derrota ao combate à corrupção e limita operações como a Lava Jato.

Aras havia pedido mais tempo ao ministro Dias Toffoli para analisar a minuta da proposta e propor alterações, tendo em vista que o texto desagradou membros do MPF. No entanto, o presidente do Supremo não atendeu o pedido do PGR, que por isso não participou da cerimônia.

Não é a primeira vez que Bolsonaro e Tffoli se encontram e tomam medidas juntos, afinadinhos. Estranhamente, os Bolsonaristas que durante a campanha usavam se manifestar com "Fora Toffoli", voltando a se manifestar em 2019 pedindo a saída do ministro e apoio ao pacote anticrime e a Lava Jato, agora estão calados. E por falar em pacote anticrime, o presidente Bolsonaro ficou feliz com o Centrão, que votou contra todas as medidas de combate a corrupção. 



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