Defesa de Flávio Bolsonaro entra com recurso para impedir investigação

Inquérito da Polícia Federal que apurava suposto crime de falsidade ideológica havia sido arquivado pela Justiça Eleitoral 


Uma das denúncias contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ganhou novos desdobramentos neste sábado, 22. A defesa do filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrou com um recurso no Conselho Institucional do Ministério Público para que seja revista a decisão do MP de manter o inquérito eleitoral que apura o suposto crime de falsidade de ideológica do 01 em 2014.

O caso teve início quando um advogado denunciou que o valores pagos e declarados dos imóveis de Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro não coincidiam. A investigação foi conduzida pela Polícia Federal, que não encontrou indícios de crime, e foi arquivada na Justiça Eleitoral.

A decisão, entretanto, foi refutada pelo juiz Flávio Itabaiana, que encaminhou o caso para ser analisado pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, que concordou com o prosseguimento do inquérito.

Procurada, a defesa do senador disse, por meio de uma nota, que apenas pediu o arquivamento dos autos, que já havia sido feito pelo delegado da Polícia Federal responsável pela apuração do caso e por dois promotores eleitores. “Flávio Bolsonaro não cometeu qualquer irregularidade. Apesar de todos os pedidos e de todas as provas que isentam o parlamentar, a investigação continua aberta. A defesa quer apenas que se respeite o arquivamento solicitado pelo próprio Ministério Público”, diz o texto.

O recurso deve ser analisado pelo Conselho Institucional do Ministério Pública e não há prazo para o resultado da análise. 

a princípio, era visto que para proteger o filho número I do presidente, o Ministério da Justiça determinou centenas de alterações na estrutura da Polícia Federal. Depois, descobriu-se que no esquema "Rachadinha", o presidente também é envolvido, assim como os outros dois filhos políticos. 
As trocas acontecem logo depois do presidente Jair Bolsonaro mudar o ministro e o delegado-geral da PF, sob a acusação de interferir na corporação para benefícios pessoais. 

Foram trocados seis superintendentes regionais e centenas de outros cargos da administração, coordenação e diretorias da PF, em sua sede e por estados de todo o Brasil. No total, são 99 portarias, contendo desde uma a até 50 nomeações, o que dificulta contabilizar e mapear a reestruturação.



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