Bolsonaro mantinha assessor para atacar Sérgio Moro e mentir sobre Coronavírus

O assessor do Planalto publicava ataques a adversários de Bolsonaro em páginas removidas pelo Facebook


As páginas nas redes sociais com conteúdo bolsonarista removidas pelo Facebook por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no último dia 08 de julho, tentavam manipular discussões na internet, difundiam fake news e atacavam adversário da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações foram exibidas no Fantástico, da rede Globo, neste domingo (02).

De acordo com a reportagem, entre os administradores dos perfis está o assessor especial do presidente, Tércio Tomaz, que trabalha no Palácio do Planalto. Além de uma conta pessoal, o assessor mantinha outras duas, anônimas, chamadas de Bolsonaro News

Tércio é acusado por parlamentares de integrar o gabinete do ódio, grupo suspeito de promover ataques virtuais a desafetos dos Bolsonaro. 

Na página Bolsonaro News, Tércio se dedicou a atacar adversários políticos, principalmente o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

A conta também publicou notícias falsas sobre a pandemia do coronavírus, o assessor postou um vídeo em que tira de contexto uma entrevista do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o isolamento social. No mesmo dia, Bolsonaro compartilhou o vídeo, dizendo que a OMS defendia a reabertura das cidades. No dia seguinte, foi desmentido pelo diretor da OMS.

A página também teria postado fake news sobre o governador e o prefeito de São Paulo: “João Doria e Bruno Covas mandam abrir covas para imprensa fotografar”. 

A investigação apontou que a rede de contas falsas era operada por dois assessores ligados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, um deles, Eduardo Guimarães, é alvo da CPI das Fake News, por ter usado um computador da Câmara dos Deputados pra criar a conta de ataques virtuais Bolsofeios.

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